CÂMARA DE VALONGO - SERVIÇO PÚBLICO
24/Maio/2012 - 10:00 horas, local habitual (salão Nobre da Câmara) - 4ª reunião pública de Câmara.
Pelas minhas contas, a penúltima antes da saída do 'querido lídere' Fernando Melo - ver 'ementa' abaixo.
Já agora e a propósito deste...'mandatus interruptus', confesso aqui publicamente duas dúvidas e a minha incontornável curiosidade sobre a forma como a oposição vai lidar com a questão das competências que tinham sido retiradas pela Câmara a Fernando Melo:
Primeira dúvida - Será que a oposição se vai manter unida em torno desta gestão mais ou menos colegial, ou alguém vai alterar a posição assumida, face à entrada em cena de João Paulo Baltazar?
Segunda dúvida - Será que dada a aflitiva situação da Câmara, que continua a trabalhar sem Orçamento e sem resolver o problema do saneamento financeiro, o (novo) Presidente não terá ele próprio, algum interesse em se resguardar nesta parte final do nefasto legado de Fernando Melo, mantendo esta tácita divisão de responsabilidades e quiçá, até agradecerá que ninguém levante o problema nesta altura?
Mas se assim for, há uma questão sobre a qual a oposição não pode ficar de forma alguma indiferente e terá de se entender - se é que quer imprimir alguma réstia de dignidade a esta parte que falta do mandato abandonado pelo seu titular:
Consta-se que Fernando Melo, antes de decidir entregar a chave do castelo, 'armadilhou' cirurgicamente algumas 'peças' do aparelho municipal que lhe são especialmente queridas', evitando assim que alguém possa sequer aproximar-se delas, ao mesmo tempo que impôs protecção especial para as mesmas, deixando bem claro que não admitiria que lhes tocassem com um dedo que fosse.
Aceitar a 'entrega das chaves' com estas condicionantes, é algo com o qual ninguém com um mínimo de dignidade pode pactuar e contraria tudo aquilo que temos andado a denunciar há tempo demais.
Tal como acontece com os testamentos normais, há aqui uma parte dos 'bens do testador' que se equipara à chamada 'quota indisponível (ou legitimária') de que ele não pode de forma alguma dispor a seu bel prazer - nem impor aos 'testamentários' que o aceitem pacificamente!