CÂMARA DE VALONGO - "OPOSIÇÃO REDUZIDA A 2/5" E ALGUMAS OMISSÕES......
A propósito da reunião de Câmara de hoje:
Embora a 'ementa' não fosse apelativa - cada vez vai sendo mais difícil 'pôr comida na mesa' sem Orçamento, sem saneamento financeiro e sem linha de crédito do governo - mesmo assim, o registo foi pobre demais.
Intervenções, apenas dos vereadores da Coragem de Mudar e da... Coragem de Mudar. Rectifico, ouve um remoque inicial do presidente de Câmara em exercício - uma pequena 'directa' para o deputado e líder da concelhia do PS citado nas 'breves' do JN:
" O PS/VALONGO declarou ontem exigir à Câmara Municipal de 'avance com uma providência cautelar para travar a retenção de 5% do IMI', à semelhança do que estão a fazer outras autarquias. O PS reclama a medida 'tendo em consideração a situação de falência técnica do município', disse o lidere socialista local, José Manuel Ribeiro".
O curioso, é que poderia ter feito à mesma o remoque se lhe dava especial prazer fazê-lo naquela altura, desde que terminasse assumindo uma posição sobre a relevância da atitude em questão, que está aliás a ser assumida por muitas outras autarquias - e nem todas do PS. Mas não! Ficou-se mesmo só pela 'directa', o que quer dizer que por omissão, concorda com a medida do governo. As empresas a quem a Câmara deve tanto dinheiro, 'agradecer-lhe-ão' seguramente este pequeno favor/omissão que ao contrário, o governo agradecerá - sem "aspas"...
Curioso ainda, foi o silêncio embevecido dos 3 vereadores do PS. Pudera! As palavras irónicas de João Paulo Baltazar dirigidas ao ainda líder e concorrente ao próximo mandato da concelhia socialista, José Manuel Ribeiro, eram música para os respectivos ouvidos...
Já depois de terminado o período de 'antes da Ordem do Dia', concluí que talvez não tenha sido a 'melhor ideia' eu ter escrito ontem no meu Blog sobre a corrupção que alguns dizem grassar no município de Valongo - o post em que me refiro à condenação do arquitecto Vítor Sá a dois anos e meio de prisão (em fase de recurso).
E passo a explicar porque é que penso isso:
Parece que por uma 'questão de princípio' os vereadores que me representam, não aceitam ser subalternizados(!) - é o que eles acham de terem de abordar um assunto ao qual alguém (especialmente) eu já se tenha referido...
Foi pena, porque foram precisamente eles e bem, os primeiros a questionar o executivo sobre a incómoda situação - para a Câmara e para o próprio (na altura) arguido, arquitecto Vítor Sá.
Agora que a primeira instância já o condenou, a sua situação e da Câmara não melhoraram, obviamente e alguém terá mais tarde ou mais cedo de colocar de novo o assunto em cima da mesa.