VALONGO NO SEU PIOR - OU COMO SE PODE SER 'EXCELENTE' A VIOLAR BOAS PRÁTICAS...
Hoje o JN traz duas noticias sobre a nossa autarquia, que contrariam tudo o que 'o grupo de Fernando Melo' - que não se auto-extinguiu com a saída do líder - tem andado a dizer sobre a excelência autárquica. Falam em muitos 'prémios' e 'distinções' e até podem invocar o prémio Nobel, que nem por isso a 'qualidade do ar' que se respira no nosso Concelho vai melhorar de forma significativa.
Ontem alguns tentaram convencer-nos de que estaríamos a iniciar um 'novo ciclo'.
Nada de mais enganador, tal como a oposição deixou bem claro com formulações diferentes. Do que se trata verdadeiramente, é de um 'fim de ciclo', replicando erros, piorando nalguns casos práticas que já eram erradas e tudo isto, misturado com uma postura de populismo básico e baratucho em que se negam direitos aos cidadãos com uma 'amigável' palmada nas costas, em que se lhes retira a voz em público, para depois em 'off' comentarem informalmente as perguntas negadas, fingindo que isso são 'respostas'...
Não acreditamos simplesmente nas boas intenções de quem governa a Câmara e vai ser difícil convencer-nos de que não temos razão.
Não acreditamos igualmente na maior parte dos demasiados técnicos superiores que por ali se atropelam, porque sabemos como é que ali chegaram - o 'padrinho' partiu, mas deixou-lhes o lugar garantido.
Não acreditamos portanto que Valongo tenha futuro com este presente!
Mas vamos lá ao que aqui me trouxe - as notícias do JN:
Primeira:
Título: | TC pede mais rigor nas despesas extra | Data: | 28-06-2012 | ![]() |
Fonte: | Jornal Notícias | Páginas: | 26 | |
C/ Foto | Cor |
TC pede mais rigor nas despesas extra
AUDITORIA
CINCO municípios levaram um "puxão de orelhas" do Tribunal de Contas (TC) pela falta de controlo e rigor no pagamento de suplementos remuneratórios e outros abonos. A auditoria diz respeito ao triénio 2007 - 2009, que inclui uma mudança de mandato.
Refeições sem justificação, atribuição de telemóveis sem justificação e sem plafonds, horas extraordinárias não autorizadas previamente são as falhas apontadas, que fogem ao disposto na lei. Faro, Figueira da Foz, Palmeia, Rio Mario e VALONGO foram os municípios auditados.
Todos eles aumentaram, no período em causa, as despesas com trabalho extraordinário em 44%. Foi realizado trabalho extraordinário sem autorização prévia em Faro (68 mil euros) e Figueira da Foz (69 mil euros). Em Faro e VALONGO, foi pago trabalho extraordinário além do limite de 60% do salário da remuneração base. No triénio em causa, as despesas com subsídio de turno aumentaram 9,4% globalmente em todas aquelas Câmaras, à exceção de faro.
Em todos, em média, as despesas com abonos com falhas aumentaram 142% e, em VALONGO, esses abonos foram pagos sem prévio conhecimento do presidente. Nos cinco concelhos auditados, o abono foi pago mensalmente, independentemente da efetividade de funções. Em todos aqueles cinco municípios, à exceção da Figueira da Foz, o TC verificou terem aumentado as despesas com telemóvel. Os auditores assinalam que Faro, Rio Maior e VALONGO não foram definidos critérios para atribuição de telemóveis nem plafonds.
Dora Mota
"MELO NÃO JUSTIFICOU REFEIÇÕES"
O TC considerou que em VALONGO foram pagas refeições a eleitos locais "sem invocação de base legal, do fim visado e do interesse público". Fernando Melo gastou quase 12 mil euros, dos 16,7 mil euros não justificados. Os eleitos justificaram as despesas como "particularidades" do serviço autárquico.
Segunda:
Título: | Fiscal que exigiu "luvas" vai passar para o Ambiente | Data: | 28-06-2012 | ![]() |
Fonte: | Jornal Notícias | Páginas: | 22 | |
C/ Foto | Cor |
Fiscal que exigiu "luvas" vai passar para o Ambiente
VALONGO
O FISCAL da Câmara de VALONGO condenado a um mês de suspensão com perda de vencimento, por ter exigido dinheiro para legalizar um café, regressou na semana passada ao trabalho. F.V. voltou para as mesmas funções, o que gerou descontentamento entre funcionários. O presidente da Câmara de VALONGO, João Paulo Baltazar, garantiu ao JN que o fiscal em questão será transferido para o serviço de fiscalização do Ambiente. Recorde-se que, além do processo disciplinar, foi ainda decidido pela Câmara participar o caso ao Ministério Público, por haver indícios de ato ilícito. "Está-se a tratar de promover uma troca de serviço, para que o fiscal trabalhe na área do Ambiente, que não tem nada a ver com o que fazia antes", disse o autarca. Segundo apurou o JN, o regresso ao serviço do fiscal municipal para as mesmas funções não agradou a trabalhadores, que se queixam de que o episódio manchou a integridade de todos.
Percebeu armadilha
O fiscal municipal suspenso sem vencimento tentou cobrar dinheiro aos proprietários de um café para legalizar o estabelecimento. Após a denúncia dos lesados, tentou-se criar prova, mas o fiscal F.V. não chegou a receber o dinheiro porque percebeu a armadilha.
O fiscal em causa é também projetista a nível particular, já que a acumulação de funções foi permitida pelo anterior presidente de Câmara, Fernando Melo. João Paulo Baltazar garantiu ao JN que, em breve, irá emitir um despacho limitando a acumulação de funções dos trabalhadores do município.
Dora Mota