CÂMARA DE VALONGO - ´GLASNOST' MAS NEM TANTO...
É uma questão de gosto. Há quem prefira ver a luz entrar a rodos - em casa, no escritório, no gabinete presidencial - e há quem conviva melhor e sinta que o trabalho lhe rende mais, num ambiente de penumbra. Trata-se portanto e basicamente de uma simples questão de gosto e nada mais.
Ou talvez não, se concordarmos com o conceito introduzido pelo já aposentado Gorbachev e com a sua política de 'glasnost' (transparência) que abriu o caminho para as grandes alterações operadas a nível mundial e que conduziram a um claro arrefecimento do clima ironicamente apelidado de 'guerra fria'.
A 'glasnost' tem no entanto um pequeno (!) problema: quem não está totalmente de boa fé e de alma lavada naquilo que faz, sente-se obviamente menos à vontade, mais exposto e portanto, menos criativo no trabalho que executa.
Como diz o Povo - mas no bom sentido - 'o segredo é a alma do negócio', e talvez seja por isso que 'glasnost' parece que não é por enquanto um método de trabalho muito apreciado na nossa Domus Municipalis, onde no próximo dia 3 de Julho, ocorrerá uma reunião do Órgão executivo, à porta fechada, com uma agenda tão hermética tão hermética que nos deixa pura e simplesmente entregues ao uso da nossa imaginação.
Estarei a fazer confusão, ou isto vai exactamente no sentido contrário daquele que o novo presidente disse que iria seguir: abertura, transparência, diálogo, - 'directoaopresidente@cm-valongo.pt' - lembram-se?