VALONGO DE NOSSA DECEPÇÃO II...
Uma nota prévia acerca da legitimidade do novo presidente de Câmara:
Não está em causa o direito - por abandono do seu antecessor - que tem em ascender ao cargo.
Aliás, não oferece sequer a mínima dúvida, de que em termos de comparação com o 'presidente que deixou de gostar de Valongo', a sua competência é incomparavelmente superior à do substituído.
Agora o que está em causa - e nisso é óbvio que João Paulo Baltazar não fala, porque não lhe convém e também porque há evidências que queimam que nem brasas - é que se trata de uma 'sucessão dinástica' em que o velho 'monarca' ainda vive e 'anda por aí' e que antes de sair, impôs ao primogénito condições bem claras para aceitar a resignação.
O novo presidente anda a dizer que vai mexer na superstrutura, que vai construir uma nova relação com os valonguenses, etc., etc. e depois, vai-se a ver e quais são as primeiras medidas que toma?
Renova as competências no 'alegadamente corrupto' Director do Departamento de Urbanismo.
Contrata um novo assessor, do qual não se conhecem competências especialmente vocacionadas para esse cargo, a não ser que bastem aquelas que constam do seu curriculum profissional público e o facto de integrar a Comissão Política concelhia do PSD e ser o seu porta voz.
Mantém como chefe de gabinete o mesmo que Fernando Melo já tinha e lhe impôs que continuasse.
Mantém a coordenar o Departamento Jurídico, o homem de confiança de Fernando Melo e que perde mais tempo a tratar dos problemas pessoais daquele e dos clientes do seu escritório de advogados, do que a coordenar o trabalho que abunda na Câmara.
Permite - de novo - a 'entrada triunfante' - com a 'categoria de mecenas' - do CEO do gabinete de arquitectura de Alfena, onde têm sido 'cozinhados' os casos mais escandalosos em termos de corrupção.
Basta esta pequena relação?É que se não chegar, ainda se podem apontar mais umas quantas:
Por exemplo, vai ter a sua primeira reunião de Executivo à porta fechada na próxima terça feira.
Em termos de postura assertiva com os cidadãos e mesmo com os eleitos, basta recordarmos o que foi a sua prestação na passada sessão da Assembleia Municipal: irónico, ostensivo, excessivo na forma como um presidente de Câmara se deve comportar perante o Órgão deliberativo.
Mantém, com o mesmo 'conforto' que uma vez referiu numa outra Assembleia, o ROC (ou revisor externo de contas...) que é também o presidente da comissão política Distrital do PSD.
É esta Câmara que a nova geração de sociais-democratas do Concelho pretende manter em 2013?
É com base neste 'esquema de gestão danosa' construído ao longo dos anos de mandato de Fernando Melo e por enquanto mantido, que que pretendem convencer os valonguenses e fazer frente à 'concorrência?
Se é, então só me resta dizer: Parabéns 'concorrência'! Vai ser um curto passeio na Avenida, sem dificuldades de maior e sem grande necessidade de investir em 'pornográficos' meios de campanha - que os tempos são de crise e quem tentar ir por aí, só vai ser penalizado se o fizer!