CÂMARA DE VALONGO - A CRISE E AS CONTRADIÇÕES!
Como todos sabemos, a Câmara de Valongo tem uma maioria absoluta...mente minoritária. Tem por isso conseguido 'aguentar-se nas canetas' apenas com as conivências tácitas ou explícitas a 'norte' ou a 'sul' do centro do poder (duas a 'norte' e três a 'sul para sermos mais precisos).
De tão óbvio que isto é, nem vale a pena perdermos muito tempo a escalpelizar quem é que tem apoiado quem.
Mas quer queiramos considerar ou não relevante o problema que Fernando Melo representava para Valongo, a verdade é que com a sua saída, muitos caminhos passaram a ser possíveis, muitas correcções que se impunham passaram a ser exequíveis, muitos dos métodos de funcionamento da Câmara que se justificavam - que se impunham mesmo - depois da retirada de competências ao homem 'alegadamente mais corrupto a Norte da foz do Douro', deixaram de ser necessários a partir do seu abandono dos valonguenses.
Como todos recordarão, com a 'despromoção' de Fernando Melo, as reuniões da Câmara passaram a ser semanais, sendo que por cada uma delas, os Vereadores sem pelouros atribuídos e portanto, sem estarem em regime de tempo inteiro ou meio tempo, recebem uma senha de presença de 75,00 euros.
Ora tirando aquele ponto de 'antes da ordem do dia' em que alguns dos intervenientes da oposição gostam de exibir - com todo o direito e legitimidade - os seus dotes oratórios, os assuntos da agenda são despachados em menos de uma hora (a penúltima reunião durou mesmo meia hora e a última, em que não pude estar presente, acho que andou próximo disso).
Basta pois de inventarmos motivos para facturarmos! Se estamos em crise, comportemo-nos de acordo com as exigências da mesma: cortemos nas mordomias e nas despesas prescindíveis.
E não esqueçamos que as reuniões de Câmara, além da despesa directa que já referi, exigem a presença de duas funcionárias que tratam do apoio processual e da recolha de elementos para a elaboração das actas, de um funcionário incumbido da gravação áudio, do chefe de gabinete do presidente e às vezes, da interrupção do trabalho de outros funcionários, para virem esclarecer pequenas dúvidas suscitadas pelos Vereadores.
Neste momento, ninguém conseguirá justificar sem nos contar uma 'grande história', a necessidade de reuniões semanais!