CÂMARA DE VALONGO EM 'FORMATO' ASSERTIVO...
Conforme previsto, lá decorreu a pública reunião de Câmara com a extensa ordem de trabalhos divulgada na totalidade apenas ontem, mas mesmo assim aprovada - se não cometo nenhuma imprecisão - por unanimidade em todos os pontos que a compunham.
Um dos controversos assuntos, era o da revisão do contrato de concessão com a SUMA que vai resultar em que uma significativa parte dos serviços actualmente prestados por aquela empresa passarem a ser assegurados no futuro próximo, com o recurso aos meios da própria Câmara "sem que isso represente necessariamente para os cidadãos, uma perda de qualidade ou se traduza numa diminuição desses mesmos serviços, " - assegurou o presidente.
Claro que não podiam deixar de ser retiradas conclusões muito críticas relativamente ao porquê da concessão e o presidente - como se esperava aliás que o fizesse - não deixou de lembrar que a mesma foi aprovada em 2007 por unanimidade. Aqui João Ruas da Coragem de Mudar, colocou "os pontos nos ii", dizendo que embora estivesse a vontade,pois em 2007 não tinha ainda sido eleito, a questão não era tanto o caderno de encargos constante do contrato com a SUMA, considerado por todos na altura como muito bem elaborado, mas sim os orçamentos irrealistas desde então elaborados e os valores que daí vieram a ser atribuídos a esse contrato.
Razão tinham os trabalhadores da Câmara pertencentes ao Serviço então desactivado, para dizer que para o mesmo nível de serviço e de qualidade, os custos iriam disparar seguramente. Pelos vistos dispararam mesmo! E tanto assim é, que pelos vistos - e a acreditar no que hoje disse o presidente - 'vão poder continuar a ser assegurados com meios próprios sem perda de qualidade'.
Claro que a crise de agora pesa mais que a vontade de então de privilegiar os privados com argumentos falaciosos.
Mas também foi hoje aprovado - por unanimidade - o aumento imediato das taxas de recolha de resíduos sólidos - "não muito significativos", segundo a opinião geral e perfeitamente justificáveis (!) - embora também tenha sido dito por alguns, que certos critérios deveriam ser revistos no sentido de uma maior justiça.
É pena que com toda a gente a "encher a boca com a real crise", muitos se esqueçam que ela também afecta os cidadãos mais frágeis de Valongo, para quem um aumento médio de 50 cêntimos pode representar alguns pães a menos, ou um simples pacote de leite - numa altura em que tudo é contado 'à unidade' na alimentação familiar.
De resto, foi uma reunião em que quase nos pareceu que a Câmara de Valongo passou a ser 'monocolor' - não fossem umas honrosas incursões discordadtes de João Ruas, da Coragem de Mudar e em representação de Maria José Azevedo.