A CRISE TOCA A TODOS (EXCEPTO AOS GOVERNANTES, AMIGOS & C.IA)...
Acabei de ler um comentário de um colega de Direcção da Coragem de Mudar na nossa página do Facebook:
"A Presidência da República não presta contas aos cidadãos.
Os contratos que celebra não estão publicados no portal BASE, embora tal seja um procedimento obrigatório. O ÚNICO orgão de soberania que é eleito nominalmente pelos portugueses recusa-se a assumir um dos seus deveres mais elementares: dar contas aos cidadãos pela forma como gasta os pesadíssimos impostos que todos suportamos. É inadmissível tal desrespeito pelo cidadão.
Impõe-se uma avassaladora onda de indignação popular!
Tenha vergonha, Sr. Presidente!
José Bandeira"
A minha primeira reacção através do comentário que publiquei depois do 'Gosto', foi:
"Deixe de ter falta de vergonha Sr. Presidente!".
Depois pensei melhor e o que eu acho mesmo, é que os muitos que andam para aí a reclamar o fim da República, são capazes de ter alguma razão - alguma, faço questão de vincar!
Desde logo, nada do regresso ao 'forrobodó' monárquico que por aí vemos mundo fora, onde umas quantas 'cabeças coroadas' - coroadas por quem? - com os respectivo(a)s consortes, mais os respectivo(a)s amantes e as inevitáveis proles de todo(a)s ele(a)s, legítimas e ilegítimas atrás, mas o fim desta República!
Em Portugal, por uma questão de dignidade do Estado - basta que passemos a 'pente fino' o histórico dos vários PR - e também por uma questão de contenção, que a crise toca (deve tocar) a todos, Belém - ou S. Bento, um deles à escolha - seguramente que não faz falta nenhuma! Se para isso tiver de se alterar a Constituição, pois então façámo-lo, porque pelo menos neste caso, teremos uma razão relevante para o fazer!
Não sou devoto do militarismo americano, mas encontro no seu sistema político muitas coisas boas que teríamos todo o interesse em copiar:
Um Presidente, um Gabinete, um Governo, uma voz institucional a representar o País, ao contrário das constantes escaramuças e dicotomias a que já nos fomos habituando ao longo dos anos, agora amenizadas, dada a mesma cor política de ambos os 'representantes da nossa vontade(?) e uma enorme poupança de meios de toda a espécie - popós, motoristas, segurança pessoal, enormes staff, deslocações a dobrar ao estrangeiro - na 'representação' da Pátria em todas as iniciativas ou acontecimentos que apenas os próprios consideram ser relevantes.
Por mim e se pudesse decidir, copiava já o sistema americano, depurando-o obviamente de alguns defeitos - que também os tem! - mas nada de colocar o Paulo de Sacadura Cabral Portas no lugar da Hillary Diane Rodham Clinton!