... E EU ANUNCIO O 'FIM DO MUNDO' PARA UM DESTES DIAS!

Passos anuncia fim da recessão em 2013
O primeiro-ministro afirmou hoje que apesar de a recessão de 2012 estar a ser mais grave do que o esperado, 2013 será um ano de "inversão" e de "preparação da recuperação" económica.
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Quando era mais jovem, houve uma altura em que dediquei alguma atenção às questões exotéricas.
Estava então na moda a 'para ciência' do hipnotismo e até se vendiam - há alguém que se lembre disso para confirmar que não estou a inventar? - cursos por correspondência.
Começava-se a treinar com animais - as galinhas eram as mais fáceis - e depois, ia-se subindo a parada até chegar aos humanos.
Pedro Passos Coelho é mais jovem para ter aprendido a arte dessa forma, mas se é isso que está a tentar connosco, a coisa não funciona memo e a prova é que esses cursos deixaram há muito de se vender.
Talvez me atrevesse - se ele estivesse virado para 'o lado do bem' - a sugerir-lhe um outro método, esse ainda usado por muitos e lançado por Dale Carnegie através de vários livros que se tornaram autênticos best-sellers, dos quais, talvez o mais conhecido seja 'Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas'.
Mas publicou ainda 'Como Evitar Preocupações e Começar a Viver', 'Como Falar em Público e Influenciar Pessoas no Mundo dos Negócios', entre muitos outros.
Tudo isto para concluir que no 'Pontal', Passos Coelho entre um e outro dos 'métodos' referidos, aparentemente terá optado por uma terceira via - a banha da cobra. Podia ter subido um pouco de nível ficando-se no mínimo por Dale Carnegie.
Mas isso faz parte das opções pessoais que cada um faz em cada momento e pelo menos desta vez o líder do PSD e actual (mau) primeiro ministro de Portugal, optou por vender a 'pomada milagrosa' em privado e não em terreno aberto.
Como os decibéis das colunas de som levavam as anteriores iniciativas a quilómetros de distância de uma forma indiscriminada, atingindo de forma igual quem gostava e quem não gostava da charlatanice do costume, desta vez tudo ficou confinado às paredes do Hotel e à boa vontade dos jornalistas que sempre conseguem dar um jeito no sentido de transformar um 'não acontecimento' numa coisa capaz de justificar páginas e páginas de fluente prosa jornalística.