TEREMOS (DE NOVO) PORTUGAL QUANDO TODOS FIZEREM A SUA PARTE!
Hoje - ontem, anteontem, já há bastante tempo por sinal - apetece-me ser um pouco inconveniente, mesmo politicamente incorrecto. Tenho feito parte daquele grupo enorme que não tem perdido uma oportunidade para zurzir na 'corja' policromática que nos últimos anos se tem revezado no processo destrutivo da nossa Pátria, conduzindo-a ao estado miserável em que se encontra - alguns ainda no poleiro, outros temporariamente afastados dele, mas à espera da primeira distracção do adversário para abocanhar o naco novamente.
Desde o 25 de Abril, não falhei um único acto eleitoral - posso prová-lo! - porque acho que é apenas por aí que se consegue construir o discurso crítico que muitos temos feito e continuaremos a fazer.
A partir do momento em que em muitos actos eleitorais a abstenção passou a fazer a maioria - incluo aqui também e estranhamente, as eleições autárquicas e obviamente as do Parlamento Europeu - comecei a sentir-me zangado, mas mesmo muito zangado com quem se vai lamentando com a falta de empregos, com a perda dos mesmos, com os apelos do primeiro ministro aos jovens para que deixem a 'zona de conforto' e se façam à vida por esse mundo fora.
Muitos desses que lamentam, são jovens, à procura do primeiro emprego, saídos às fornadas das Universidades para onde entraram com a promessa de que à saída, teriam uma oportunidade à sua espera. Muitos desses, a maioria desses, não têm votado - dizem-se 'desiludidos com os políticos'... Mas isso também eu estou e no entanto voto!
Quando a maioria imensa daqueles que se andam a 'baldar' à sua obrigação cívica começar a fazer o que deve, teremos a 'corja' a deixar a zona de conforto - e talvez nessa altura, comecemos a ter também a Pátria de volta!