O NOVO 'LAXANTE' PARA A RTP...
Ignorante me confesso, de raciocínio lento, temporariamente limitado, espero, mas a verdade é que ainda não consegui entender como é que vendendo - 'concessionando', para ser um pouco mais preciso, ou alienando, para ser inteiramente rigoroso - a RTP 1 da e espatifando a RTP 2, se pode assegurar o serviço público de televisão constitucionalmente garantido aos portugueses. Sobretudo se essa alienação se fizer a favor de um qualquer grupo ou empresa estrangeiros, a quem os portugueses teriam de passar a pagar o imposto - porque é disso que se trata - suavizado pela designação soft de 'taxa audiovisual'.
É que pagar a um um grupo estrangeiro a prestação de um serviço como é o caso da electricidade ou do gás, com algum esforço mental ainda conseguimos perceber, agora pagar um imposto para que nos garantam um direito previsto na Constituição da República Portuguesa, já exige demasiado contorcionismo mental e mesmo assim não sei se consigo - se os portugueses conseguirão - chegar lá.
Mas ainda que português seja o predador que se apreste para abocanhar o pedaço, não se vislumbra porque é que então não se há-de dividir o dito, pelas bocas famintas já instaladas no mercado nacional e que vendo bem as coisas e apesar da qualidade da sua programação não beneficiar da minha especial preferência, a verdade é que prestam também elas de facto e desde há muito, como todos sabemos e os emigrantes podem confirmar, uma parte do serviço público de que agora se fala.
A verdade, é que o doutor a jacto que dá pelo nome Miguel Relvas, qual D. Quixote em versão demoníaca, transformou desde há muito a RTP no seu moinho de vento imaginário e jurou que só saía do governo depois de a transformar num montículo fisiológico resultante da sua volumosa defecação. E o pior, é que se não chamarem depressa os homens da bata branca para lhe enfiarem a recomendável camisa de forças, acho só vai parar mesmo, quando o laxante completar o efeito por ele pretendido.
Bem... isto de chamar 'laxante' a Alberto da Ponte, um homem que andou 'metido no álcool' até pode não ser totalmente descabido: a cerveja pode ter por vezes esse efeito - nuns casos pretendido, noutros, perfeitamente indesejado - no caso em apreço, a última hipótese sem sombra de dúvidas.