VALONGO - COM UM PSD ASSIM, DÁ GOSTO SER DA OPOSIÇÃO!
Na última 'meia sessão' da Assembleia Municipal de Valongo, verdadeiramente lamentável em relação aos contornos do processo que antecedeu a sua convocação, passaram-se coisas igualmente lamentáveis, como já escrevi noutro sítio e das quais aqui fiz eco.
Uma delas, talvez a mais relevante, é que o PSD Concelhio está muito mal servido. E é pena, porque em sentido inverso, aqui por Alfena, renovou-se e trouxe para o seu seio gente válida, ponderada, dialogante, gente de uma geração que já não faz parte da arruaça ou do discurso desbocado de outros tempos e isso é bom. O problema, é que o líder concelhio é também o presidente da Câmara e no estado em que esta se encontra, é lógico e seria até estranho que não o fizesse, que dedique a maior parte do seu tempo à gestão de uma Câmara onde quase tudo está mal - ao contrário daquilo que mais uma vez nos tentaram impingir com o enunciado do costume de 'prémios de excelência, prémios disto, daquilo e daqueloutro'.
Faltam-lhe porém segundas e terceiras figuras com dimensão e perfil capazes de lhe garantirem a defesa da rectaguarda e se calhar, também dos flancos. Com um PSD assim, até dá gosto estar na oposição - na Câmara e na Assembleia e nas Freguesias!
Veja-se o tipo de intervenção líder do seu grupo municipal, que fez uma intervenção confrangedora e a todos os títulos lamentável, desrespeitadora dos seus parceiros de coligação e pior do que isso, contrária a tudo aquilo que deve caracterizar a postura dos deputados numa Assembleia Municipal - ainda por cima, com a 'ementa' que tínhamos em cima da mesa. A Drª. Rosa Maria foi igual a si própria, provando mais uma vez que - e socorrendo-me de uma frase feita - com amigos assim, João Paulo Baltazar nem sequer precisa de inimigos.
Se calhar, terá sido por reconhecer as suas próprias limitações que esta senhora decidiu deixar de publicar as suas crónicas no Jornal Verdadeiro Olhar, onde éramos 'colegas' - não fosse 'o Diabo tecê-las' e deixar escapar uma inconveniência qualquer com a qual o chefe pudesse vir a ser prejudicado. É que truculência não é sinónimo de erudição e o trabalho no poder local tem uma visibilidade bem maior e imediata do que aquele que se desenvolve 'lá em baixo' na Capital do Reino...