A TERCEIRA REPÚBLICA DE PERNAS PARA O AR...
A Terceira República comemorou hoje 'à porta fechada' o aniversário da sua implantação.
Em actos políticos que não envolvam manobras conspiratórias, nada deveria ser à porta fechada. Aliás, até na vida pessoal, existirão pouco mais de meia dúzia de situações em que se justifique de facto fechar a porta e que por óbvias e justificadas razões, não vou enumerar.
Mas os tempos são outros e os políticos andam assustados. Eu utilizaria mesmo uma expressão bem popular para dizer que andam 'borrados de medo' com o terror a dilatar-lhes as órbitas - apesar dos adestrados 'gorilas' em dose reforçada de que se fazem rodear.
A Terceira República começou portanto a aperaltar-se para para abrir o 'lupanar' onde iria receber os convidados especiais do costume e mais uma ou outra pessoa de bem misturada no meio deles, literalmente de cabeça para baixo e o 'guardião' dos seus valores - aquele que já nada guarda - nem sequer deu pelos 'gritos, pelo incómodo e pelas tonturas do Escudo.
Escudo, um símbolo que já foi moeda, mas que agora está quase confinado aos 'pins' da lapela espúria dos espúrios governantes e equiparados deste Estado agonizante, deste país vítima de 'assaltos à mão armada' por parte de quem seria suposto defendê-lo.
O Povo esse, ficou do lado de fora, com o vernáculo que já se tornou linguagem corrente, na ponta da língua. 'Ladrão'. é hoje o apelido de ministros e secretários de Estado e 'gatuno' um dos seu nomes próprios e não há 'gorilas' que consigam silenciar as bocas que gritam.
Quem rouba os mais fracos para favorecer os amigos através dos quais conseguiu chegar ao poder, já que não é julgado pela Lei, ela própria de classe e protectora (apenas) dos fortes, que seja ao menos incomodado até ao limite dos nossos pulmões. Foi o que fez aquela mulher simples que conseguiu entrar no 'lupanar' e gritar o que lhe ia na alma - antes de ser manietada pelas 'feras'.