ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE VALONGO / 'TAKE 2'
1) Presidente da Câmara de Valongo ensaia a sua ‘noite das facas longas’
Pese embora o arremedo de renovação encetado, Valongo (o seu paradigma) mantém-se velho, com um presidente novo e velho ou vice-versa dependendo do ângulo por onde se comece a traçar o seu perfil...
Não tem a vida fácil - ele já contava com isso - e portanto, já ninguém estranha as cumplicidades de que se tem vindo rodear - verdadeiramente improváveis aqui há uns meses, mas agora demasiado evidentes. Espera-se que em situação de desespero, face à 'revolta dos seus aliados de projecto', que já andavam a ameaçar fazê-lo, mas que agora o querem mesmo obrigar a fornecer os 'códigos do armário dos esqueletos', ele não tente reagir também de forma desesperada, tal como fez o 'outro' na tristemente célebre noite de 30 de Junho de 1934 dando início também ele, à sua 'noite das facas longas' - obviamente à escala mas nem por isso igualmente condenável. Queremos acreditar que não tenha a tentação de ir por aí, pese embora o facto do seu novo e até há pouco improvável 'ajudante de campo' gostar muito de pequenas bravatas - um problema de perfil verdadeiramente incontornável - porque os tempos de hoje são outros e as 'armas' estão bastante mais disseminadas.
A noite de hoje, terá sido pensada para seguir esse 'guião' de má memória - passe a comparação algo excessiva, reconheço - mas a estratégia sairá, como veremos, gorada face à eficiência e qualidade das defesas que foram entretanto instaladas por quem não brinca em serviço...
2) No fim de tudo, ‘a montanha pariu um rato’ – ou dito de outra forma, ‘não foi o sapateiro além da chinela’
E como eu já antevia na altura em que escrevi o texto anterior, João Paulo Baltazar não conseguiu ganho de causa na sua 'noite das facas longas'. Nem ele nem o seu novo ajudante de campo - ou impedido para continuar a usar a terminologia militar...
O protesto contra a intervenção de um Deputado da Assembleia Municipal e em última instância, a forma abusiva em que se baseava a sua fundamentação, ficou-se pelo eco dentro da própria reunião de Câmara - falar sozinho não é proibido e há até quem goste de se ouvir em frente ao espelho enquanto escanhoa a barba do dia. Foi mais ou menos o que aconteceu: o impedido atreveu-se a protestar aconselhou o general a seguir a sua orientação de voto - há formigas com catarro que se atrevem e às vezes 'conseguem ultrapassar' a sua inultrapassável pequenez servindo de guias a 'espécimes maiores'. Mas são sempre momentos demasiado fugazes para conseguirem qualquer ganho de causa.
O voto de protesto(?) ficou pois 'a débito' de quem o redigiu e também de quem por seguidismo e táctica eleitoralista lhe seguiu o conselho. Não houve 'noite das facas longas' porque o Órgão Assembleia Municipal não deixou que um não caso se transformasse no seu contrário.
Pelo meio, teve ainda o futuro candidato a canditato para o próximo mandato de presidente de Câmara e actual presidente não eleito, de ouvir o que não gostou e de ver aprovada uma moção contra o encerramento das piscinas de Campo e Sobrado, que 'eram fontes de prejuízos verdadeiramente incomportáveis para o orçamento da autarquia' - obviamente porque esta ao longo dos últimos anos não investiu naquelas estruturas, não as modernizou, não promoveu soluções que tivessem impedido que se chegasse ao actual estado.
Mas pior do que isso, é que foram prometidos estudos sobre os custos reais de todos os equipamentos do género e sem que dos mesmos se saiba absolutamente nada, procede-se ao fecho destes dois, de uma forma absolutamente desrespeitadora da dignidade dos cidadãos de Sobrado e Campo, com um aviso do tipo do papel na porta da tabacaria - 'encerrado para almoço', só que neste caso, para um 'almoço' interminável.
Bem feito que a Assembleia tenha sinalizado desta forma a displicência da Câmara! João Paulo Baltazar vai seguramente sentir ainda durante muito tempo, a dor causada pelo 'tiro no pé' que deu ao tomar esta decisão e sobretudo, vai ficar sinalizado o momento em que a tomou.
Oxalá que o processo de agregação de freguesias não traga para o Conselho de Valongo a surpresa que ninguém deseja e que se acontecesse, poderia bem explicar porque é que foram estas duas freguesias a serem 'bafejadas com este prémio' - espécie de presságio (ou certeza) da sua má sorte!