PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE VALONGO - O VOTO QUE CONTA!
Todos nos lembramos da discussão travada na última Assembleia Municipal à volta de uma moção - creio que foi neste formato que o assunto foi apresentado - da CDU, onde era contestada a presença do Presidente deste Órgão, o Eng.º Campos Cunha na Unidade Técnica para a Reorganização Administrativa do Território.
Considerava a CDU - e parece que bem, pelas razões a seguir explicitadas - haver uma incompatibilidade formal entre o exercício das duas funções: a de Presidente da Assembleia Municipal de Valongo, Órgão que optou por uma 'não pronúncia' muito crítica - suportada em moções contrárias à agregação aprovadas por unanimidade em todas as Assembleias de Freguesia - e a outra, como membro da UTRAT, incumbida de apresentar uma proposta concreta de agregação à Assembleia da República.
"Que não, que ele saberia separar as duas posições e que na altura da aprovação da proposta relativa a Valongo, ele seguramente nem participaria na votação" - atalharam logo os membros da coligação, uns com mais convicção que outros, notando-se mesmo algum incómodo por parte de alguns deputados do Grupo Municipal do PSD, por se verem obrigados a defender o voto contra essa moção. Foi visivelmente 'gaguejante' que a líder do grupo laranja teve de dar a cara para definir o sentido de voto. E afinal, tinha razões para 'gaguejar' uma vez que o Eng.º Campos Cunha participou na decisão, votou e assinou a proposta de agregação das Freguesias de Campo e Sobrado - e com uma fundamentação bem interessante (?) como se pode constatar pelos recortes abaixo.
Vai ser interessante ouvir a explicação do senhor Engenheiro sobre a sua opção contra Valongo, porque podendo embora significar apenas uma atitude simbólica, ter-lhe-ia ficado bem alinhar com as Assembleias da sua terra, nomeadamente com aquela de que é presidente!
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