CÂMARA DE VALONGO - GERINDO 'BERBICACHOS' (COM A OPOSIÇÃO A 'ESTORVAR')
Depois da reunião de Câmara de hoje, alguém (aqui por Alfena) vai ter de tomar durante alguns dias, uma dose reforçada de pastilhas Renie!
Vem isto a propósito de um dos assuntos 'quentes' hoje apreciados: uma decisão ilegal tomada pelo então Vereador Arnaldo Soares em relação a uma autorização de suspensão temporária de trabalhos na Escola da Retorta e a um posterior pedido de revisão de preços por parte do empreiteiro da obra.
A ilegalidade era tão grande que o próprio Jurista da Câmara assim a considerou e escreveu no parecer que emitiu em Setembro. Mas porque o empreiteiro estava a 'arder' - será que estava mesmo? - com uns milhares de euros, havia que juntar 'novos' elementos que pudessem 'fundamentar' um parecer em sentido contrário por parte do... mesmo Jurista!
Porém e apesar do empenho do Dr. Bolota Belchior, que fez o que pôde na 'fundamentação' do mesmo, a fim de ser presente a esta reunião, o processo tresandava àquilo que de facto era.
Numa tentativa para facilitar as coisas o presidente propôs e foi aceite, que fossem votados em separado o pedido de ratificação da suspensão - para suprir a ilegalidade cometida pelo vereador/OVNI - e em seguida, a revisão de preços. Como o resultado desta votação condicionava tudo e ela foi chumbada pela oposição em bloco, a segunda já nem sequer foi votada, tendo o assunto 'caído' na totalidade.
Outra questão que gerou alguma controvérsia e que teria seguramente o mesmo caminho - o chumbo - era a do 'acordo de parceria Festival Norte', onde a Câmara irá investir cerca de 20 mil euros, sem ter praticamente nenhum poder de intervenção na definição dos objectivos do festival no que a Valongo diz respeito, despesa a que se terá ainda que somar o pagamento de despesas com segurança privada e o apoio logístico entre outros itens.
Como disse a Drª Maria José Azevedo da Coragem de Mudar, "o clausulado é de tal maneira vago, que dá para tudo" - isto apesar do presidente afirmar que "essencialmente, a ideia visa acolher o evento do S. João de Sobrado e a festa dos Bugios".
Críticas semelhantes vieram do lado do Partido Socialista, pelo que não restou outro remédio, senão incluir cláusulas de salvaguarda:
Terá de estar expressamente referida a questão da festa dos Bugios e por outro lado, o elemento de ligação da Câmara, terá direito de veto relativamente à programação, sendo que esta deverá ser sempre previamente conhecida pela Câmara que sobre ela terá obviamente uma palavra a dizer. Com estes enxertos, foi possível então aprovar por unanimidade a referida proposta.
Principal conclusão a extrair: Hoje os 6 que 'estorvam' - para usar a terminologia de Fernando Melo, trabalharam por Valongo, defendendo os interesses do Município rejeitando avalizar desvarios passados e validar asneiras futuras.