PORTUGAL E OS MIGUÉIS...
Há um coro geral de protestos que tem vindo a aumentar de tom e para o qual existem basicamente (pelo menos) duas grandes motivações:
O 'holocausto' da classe média do País e a queda em catadupa de uma série de pequenos e médios negócios que viviam essencialmente do poder de compra que a mesma ainda detinha - comércio de bens alimentares, restauração, turismo interno e venda de casas para habitação, para dar apenas quatro exemplos.
E há menos tempo, a venda do País (leia-se soberania) ao desbarato.
Quando vendemos turismo e outros serviços e bens de consumo, fazemos o que todos fazem: negócios e isso é em princípio bom para quem nos compra e para nós que vendemos, também.
Já quando vendemos soberania, empresas de bandeira como a TAP, a ANA, a RTP, quando alienamos serviços ou fatias significativas de serviços públicos como é o caso do Serviço Nacional de Saúde, a Educação, a Energia, quando aceitamos sem respingar o jugo da 'troika de Filipes' e o seu memorando de entendimento(!) estamos - está quem o faz - a pedir um novo 1º. de Dezembro e uma nova Restauração. Podem até ter abolido o feriado, que não é por isso que ela deixará de se fazer, quando se tornar inevitável.
Parece que Portugal tem um problema qualquer com os Miguéis detentores de poder. Resta é saber se desta vez, o País terá o mesmo ânimo e patriotismo que teve em 1640 para punir - talvez com um pouco menos de violência - o traidor Miguel Relvas, que qual Midas ao contrário, tudo aquilo em que toca, vira pechisbeque de banca de feira.
Porque é de crimes de lesa Pátria que falamos e de que a imprensa falada e escrita tem dado nota nos últimos dias!