OLHAR (IM)PARCIAL VALONGO – DOIS VEREDORES, UM ‘CORAÇÃO DOCE’ E UM ‘PASQUIM’
CITANDO-ME NO JORNAL VERDADEIRO OLHAR - ESTA SEMANA, NUMA BANCA PERTO DE SI... |
Dizia a minha avozinha que Deus tenha, com a imensa sabedoria das pessoas simples e a propósito do meu respingar em relação a tudo que não me agradava: ‘se não gostas não abocanhes e põe na borda do prato’. Sábio conselho que nunca deixou de me acompanhar e que ganha importância sempre que vejo certos artistas, salivando de cobiça - fingirem que não gostam do bocado, lhe torçam o nariz, ensaiando mesmo aquele trejeito de enjoo, mas tentem aproveitar a primeira desatenção ou aligeirar das defesas para o abocanhar. Vem esta espécie de parábola de contornos familiares a propósito do Jornal Verdadeiro Olhar – um Jornal de Lousada, Paços de Ferreira, Paredes, Penafiel – e também de Valongo, onde tem vindo a conseguir uma implantação exponencial – e onde há alguns meses atrás, o seu Director me desafiou, como membro da Direcção da Associação Coragem de Mudar, a partilhar aquilo que me vai na alma – a maioria das vezes, sobre assuntos do meu habitat mais alargado que é Valongo, outras, sobre o microclima de Alfena onde moro, mas também num ou outro momento, sobre assuntos de âmbito mais geral. Tudo correu sem percalços de maior, enquanto o ‘agregado familiar’ a que pertenço desde 2010 e com o qual renovei recentemente o meu contrato de cidadania por mais dois anos, se manteve fiel aos seus propósitos de ser e fazer diferente daquilo que os Partidos são e fazem de pior: a intriga. Tudo passou a correr menos bem, a partir do momento em que os filhos (a parte Institucional) ganharam voz própria e deixaram de se confinar ao papel de adoradores incondicionais dos detentores de uma parte da nossa representação – os 2 vereadores eleitos - estes, adeptos de um tipo de poder endeusado, onde só os eleitos - no sentido sacralizado do termo - têm o direito de se sentar à mesa do Rei e onde à plebe deve estar reservado apenas um papel condizente com a sua condição de classe inferior, os quais, reagiram mal à blasfémia que algumas críticas consubstanciaram, à luz da visão endeusada que têm das suas funções. Pelos vistos, só em 2009 é que a força braçal foi importante para a condução do andor até ao comício de encerramento da campanha – a festa do ‘CORAÇÃO DOCE’ - frente à casa grande de Vallis Longus, naquela noite memorável onde ainda acreditávamos que o sonho fosse possível. Não foi. E a partir daí, passamos a ser uma realidade cada vez mais incómoda, cujo definhamento foi sendo trabalhado na sombra, no sentido de lhe fazer velório o mais depressa possível. Dezembro de 2010 foi a primeira tentativa, mas correu mal! Tão mal, que de forma completamente inesperada, o morto se levantou e andou. Há dias atrás, tentaram novamente o ‘libertador filicídio’ e mais uma vez não correu bem. Fizemos a nossa prova de vida e demos razão àquela conhecida frase de que ‘as notícias sobre a nossa morte eram manifestamente exageradas’. Motivos para não gostarem do nosso apego à vida existirão vários, mas destaco apenas dois: Primeiro: Tenho um Blog que teima em incomodar muita gente, facto que parece não agradar a quem faz do chá das cinco o principal espaço de debate dos problemas da Sociedade. É aqui que entra de novo – e em jeito de conclusão – a parábola da minha avozinha que Deus tenha: Não gostam, ponham na borda do prato. Mas surpresa das surpresas, não puseram na borda do prato! Fizeram até o inimaginável: foram bater à porta do ´pasquim’ (leia-se Verdadeiro Olhar’) pedir para me substituírem na colaboração quinzenal que ali mantenho... |
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