'EM ROMA SÊ ROMANO' - EM PORTUGAL, SEJAMOS GREGOS, EGÍPCIOS, LIBIOS, SÍRIOS!
Há uma linha que separa - o grupo dos 'sem abrigo'com 'estatuto' já consolidado e aqueles que num futuro muito próximo engrossarão as nefastas e indesejáveis fileiras do mesmo - e esta gente sem vergonha, sem espinha dorsal, sem princípios, diria mesmo, que sem direito a Pátria.
Para que nos entendamos e não me venham com ameaças de processos judiciais, não os acuso formalmente de nada, excepto daquilo que todos, como diz o poeta, 'vemos, ouvimos e lemos, não podemos ignorar' - embora não possamos também ignorar que até serem condenados e ter havido trânsito em julgado, são tão puros como, dogmas à parte, a mais impoluta das virgens.
Confesso que me espanto ao ver a forma como este Povo que somos, que sabe fazer um 'manguito' melhor do que qualquer outro, consegue tolerar o regabofe e suportar a canga com que o mantêm manietado?
Parafraseando a 'besta' - "ai aguenta aguentamos! Se o gregos e os sem abrigo não sei quê, nós também aguentamos" (mais austeridade era ao que ele se referia).
Nesta altura do campeonato, se aquilo a que assistimos em Portugal se passasse na Grécia, na Irlanda ou noutra qualquer República que não tivesse a banana como símbolo virtual, já andariam 'mosquitos por cordas'. Mas apesar de tudo, acredito que aquela 'condecoração' com que paternalmente os ditadores e os criminosos de colarinho branco costumam distinguir a gente pacífica e sofredora silenciosa deste País maravilhoso - 'brandos costumes' é o nome da medalha - caminha rapidamente para o seu fim.