OBVIAMENTE, NÃO NOS DEMITIREMOS!
Hesitei um pouco entre o recurso à analogia da moeda (as duas faces da mesma) ou quedar-me simplesmente pela já conhecida expressão latina 'sine qua non', para classificar os termos que ontem foram usados, na reunião da Direcção da Coragem de Mudar com os eleitos nas nossas listas para os vários Órgãos autárquicos. A questão era simples e explica-se em poucas palavras: terá a Coragem de mudar condições para avançar com uma candidatura autónoma? A resposta maioritária foi sim! Encabeçada por quem? A resposta também foi rápida: "a Drª. Maria José Azevedo está disponível para avançar dentro de certas condições".
(Até aqui, estamos no 'verso da moeda').
E quais seriam essa condições? Resposta mais soft: "um grande obstáculo a essa candidatura é a Associação Coragem de Mudar com a sua actual gerência".
Tradução simultânea e de borla de uma eleita - muito obrigados por não nos cobrar o trabalho - "estes Órgãos teriam que se demitir e teriam de ser eleitos novos Corpos Sociais".
(Este é o reverso, ou se quisermos, a condição 'sine qua non').
Ora bem... Não tem sido prática entre nós e não vai ser esta Direcção a abrir o precedente, ceder a pressões deste tipo - e colocamos carradas de açúcar no termo 'pressões' para que deixasse de parecer o que é de facto - pelo que o processo vai seguir em frente conforme nós democraticamente decidirmos e que seguirá mais ou menos o seguinte 'alinhamento':
Convocação de uma Assembleia Geral em Fevereiro, a qual queremos o mais ampla e participada possível, que divulgaremos da forma mais alargada que conseguirmos com base na lista de contactos que possuímos e que em alguns casos pode não estar devidamente actualizada, pelo que, quem tenha procedido a alterações de dados, nomeadamente e-mail deverá comunicar urgentemente essa alteração à Direcção e onde tudo estará em aberto, incluindo 'o tal acordo que a Direcção já teria firmado com o PS'.
Como se verá, as notícias sobre a nossa falta de seriedade eram obviamente exageradas.
O saudoso General Humberto Delgado proferiu um dia aquela célebre frase sobre o que aconteceria a Salazar no caso de ele vir a ser eleito: "(...) obviamente demito-o".
Parafraseando-o, nós, que fomos eleitos no dia 8 de Dezembro último, numa lista única e quase por unanimidade, obviamente não nos demitiremos - nem do lugar, nem das responsabilidades que nos cabem!
PS: Obviamente, este post só foi escrito por força de circunstâncias - anómalas aliás no seio de uma Associação cívica: Condicionar-se uma candidatura independente, supostamente voltada para a defesa dos interesses de Valongo, à demissão da actual Direcção!
Mesmo assim e para que conste, houve uma troca prévia de e-mails que não 'estou autorizado a revelar porque são privados(!)' e que terminou de uma forma extremamente desagradável, arrogante e perfeitamente em contra ciclo com aquele que era o espírito da Associação. Mesmo assim, resolvi 'acatar a intimação' de manter a reserva sobre os mesmos - mas apenas porque me apeteceu!
A partir deste momento, risquei do meu dicionário termos como 'alma mater' 'figura de referência' 'rainha de Inglaterra'!
A Associação Coragem de Mudar existe enquanto os Associados quiserem, não tem figuras de referência e na sua sede - onde quer que ela seja - não haverá nunca nenhum 'altar' nem deuses ou deusas, porque também não estão previstos nos seus Estatutos.
Como cidadão livre - e chamo a atenção para o 'disclaimer' do meu blog deixei de 'prestar tributo' a duas pessoas que incumprem as mais elementares regras de urbanidade e boa educação não hesitando no recurso à linguagem mais desbragada, quando o verbo não os ajuda!