UNIDOS por ALFENA, MAS SEM EXAGEROS...
Nunca tal se viu na 'casinha de bonecas' de Alfena - por enquanto aquela que a nossa cidade merece, não passa de uma miragem consubstanciada na promessa de cedência por parte da Câmara de uma parcela de terreno público na urbanização Francisco Sá Carneiro.
O insólito ocorreu na última reunião pública da Junta, onde os Unidos por Alfena não conseguiram esconder mais as fissuras de já que se falava à boca pequena, mas que agora se tornaram evidentes.
Como todos sabemos desde a primária, o número 5 (tantos são os elementos do executivo da Junta) não é divisível por dois - quando muito, poderia dar-se o caso de ficar o 'livro' com metade das folhas para cada lado e a lombada presidencial funcionar como charneira, mas parece que as coisas não vão de feição para o lado da charneira, talvez porque já cheira a palco eleitoral e nesta matéria, as independências por estes lados, já não são aquilo que eram na versão original dos UpA.
Não é que ao contrário do que sempre fazia questão de nos explicar o digníssimo presidente - "toda a gente percebe que os assuntos quando chegam a estas reuniões para serem votados, já foram previamente discutidos e por isso, ninguém deve estranhar a rapidez com que essa votação é feita" - agora a maioria anda a fazer-lhe muitas perguntas, a colocar muitas objecções, a lembrar coisas que ficaram de ser feitas, mas obviamente não o foram!
Na última reunião, quase caíu o Carmo e a Trindade, porque a parte minoritária dos UpA (Rogério Palhau e António Peixoto) - desculpem a ilacção que eu retiro do contexto em que a reunião decorreu, mas neste caso, acho que aquilo que parece, desta vez é mesmo - está disposta a aceitar uma pequena intervenção da Câmara no espaço sob o viaduto da A41. Segundo Rogério Palhau, ela terá lugar na parte menos controvertida e aquela que menos riscos corre de ser alvo de providências cautelares por parte dos expropriados.
A maioria de 3 achou que "não podia ser assim, que a Câmara se tinha comprometido com um projecto e agora quer apenas fazer uns arranjos, que mais isto e mais aquilo e aqueloutro e - isto sim relevante! - "esta questão não foi discutida entre nós e portanto, teremos que ver exactamente os contornos do 'projecto revisto', que a Câmara se propõe executar".
(Abro um parêntesis para informar que questionei o presidente da Câmara na última reunião pública deste Órgão e foi-me dito que a coisa se resumiria a "um pequeno arranjo com uma pequena camada de betuminoso, na zona do lado esquerdo da Rua de S.Vicente, no sentido Alfena-Ermesinde, que desse alguma dignidade ao espaço e alguma possibilidade de utilização - foi dado o exemplo de um jogo de andebol ou pequenas actividades lúdicas semelhantes - mas nada de espaço para feiras e muito menos, construção de infraesturas", fechar parêntesis)
Vamos ver no que ficamos, porque aquilo ali, era a 'menina dos olhos' de Rogério Palhau e de Arnaldo Soares - que esteve presente na já referida reunião pública de Junta, mas que 'nos premiou com o ouro do seu silêncio'.
Curioso foi ainda o tom em que foi dado o 'puxão de orelhas' do mestre ao seu 1º. secretário: "Oh Sérgio, eu vou-te esplicar mais uma vez (...) porque é que a Câmara resolveu optar pela intervenção minimalista e eu acho que devemos aceitar".
a cor das faces do n.º 2 passou de laranja a encarnado - o que no caso concreto, não condiz muito bem com o seu perfil - mas havia público a olhar e lá teve de engulir em seco aquilo que mais tarde consta que terá dito.
Ouve ainda perguntas - não! mais uma vez, não foram do público, mas sim da mesa - sobre as diligências junto das Estradas de Portugal relativamente aos passeios na Rua 1º. de Maio, à colocação de passadeiras, etc.
Resumindo e concluindo e usando a analogia da atitude da China em relação aos ex territórios de Hong Kong e Macau: 'uma maioria e dois sistemas'...