E SE ANGOLA SE LEMBRA DE COMEÇAR A INVESTIGAR A LUSA CORRUPÇÃO?
Já aqui escrevi várias vezes sobre coisas com as quais não concordo relativamente ao regime angolano: uma vasta casta de governantes que se locupleta com a imensa riqueza que aquele grande País consegue gerar e que deveria reverter prioritariamente em benefício do seu Povo maravilhoso, exibindo ostensivamente uma cultura de novo riquismo por várias capitais do mundo rico, sobretudo da Europa - que os diamantes e o petróleo dão para tudo.
Mas isso sou eu a dizê-lo ou a escrever na qualidade de simples cidadão e coisa bem diferente, é a nossa Justiça, que se esmera em proporcionar 'alçapões' para os nossos criminosos e corruptos mais 'ilustres' que se escapam pelas malhas que eles próprios tecem à sua respectiva medida, andar agora a investigar uma hipotética lavagem de dinheiro do Procurador Geral da República de Angola!
70 mil dólares, parece ser o valor denunciado pelo banco Santander Totta relacionado com uma transferência a partir de uma offshore!
Mais do que isso, gastou Sócrates naquele pequeno almoço com Luis Figo.
Mais do que isso ganhou Cavaco usando informação privilegiada sobre os timings para investir e resgatar aplicações no BPN e ninguém investigou nada sobre isso - Oliveira e Costa ainda chegou a estar preso, mas o estabelecimento prisional não tinha televisão por cabo e mandaram-no aguardar (sentado) em casa!
Mais do que isso. gastou o grupo Espírito Santo a 'comprar motosserras' para abater sobreiros e ninguém se incomodou.
Mais do que isso gastou Portas a comprar submarinos que não temos dinheiro para manter a flutuar e continua a trautear o corridinho 'com os ditos a tiracolo' - sem contrapartidas e sem nenhuma condenação relacionada com o incumprimento das mesmas - e ninguém vê mal nenhum na sua continuação como ministro. Aliás, com tantos 'rabos de palha', curiosamente ainda consegue ser um dos melhores ministros do incompetente governo de Passos Coelho!
Por isso Angola e os jornais cujos editoriais costumam funcionar como uma espécie de posição oficiosa do governo, neste caso têm toda a razão:
Portugal nunca, mas mesmo nunca poderá ter o direito de 'atirar a primeira pedra' a ninguém em tudo o que tenha a ver com corrupção!
Portugal - o regime que não a Pátria portuguesa - tem CORRUPÇÃO como apelido!
A Justiça portuguesa, uma Justiça de casta, parcial e direccionada, lenta por opção própria ou dos políticos a quem beneficia, encontrou agora um novo 'brinquedo': investigar a eventual corrupção de estrangeiros e pior do que isso, anuncia-o para se tornar ela própria o centro das luzes da ribalta.
A nossa Procuradoria Geral da República ainda não se deu conta de que a música que imagina escutar é apenas uma gravação pirata e que a seguir à ribalta não existe nenhuma orquestra, não existe sequer o habitual fosso onde costuma tocar mas sim um precipício sem fundo para onde com a sua ajuda todos vamos caminhando.
Qualquer dia, teremos a nossa PGR a investigar os negócios de alguns dirigentes chineses ou o mensalão do Brasil!
Haja pachorra para tanta ausência de bom senso!