Primeira penada:
Valongo não mudou com a saída de Fernando Melo!
Aliás, Valongo era já a nossa vergonha apesar de Melo, excluindo Melo, esquecendo Melo, porque ele próprio já há muito que nenhuma atenção dedicava a Valongo.
Desde que as mordomias de que gozava se mantivessem, desde que os seus protegidos continuassem aconchegados e felizes sobre as suas asas protectoras, desde que o 'cartão dourado' com que prodigalizava alegria e confraternização à sua volta se mantivesse devidamente provisionado, desde que os amigos empreiteiros - no tempo em que ainda se faziam obras públicas e particulares em Valongo - continuassem a visitá-lo e mantivessem um registo colaborante e assertivo de sempre, tudo corria bem.
Valongo funcionava portanto desde há muito - e ainda agora - 'ligado à máquina' constituída pelos denominados 'homens do presidente' em que que se incluíam alguns eleitos e outros 'apenas' escolhidos.
O vicé de Melo e actual presidente, é ele próprio um homem da máquina, constituindo um daqueles casos paradigmáticos em que o 'aluno' no que toca a muitas das chagas que corroem a 'alma' de Valongo, ultrapassa claramente o 'mestre', mantendo por clara opção o mesmo registo do antecessor.
Segunda penada:
Fernando Melo/João Paulo Baltazar deixaram há bastante tempo de ter uma oposição à altura:
O Partido Socialista, desfalcado com a desvinculação de Afonso Lobão - que porém, resolveu não abrir mão do cargo, mudando-lhe apenas a 'cor' que passou de 'rosa' a 'cinzento'.
A ex representação da Coragem de Mudar que de uma forma sub-reptícia e não assumida - ao menos Lobão disse 'ao que vinha' - resolveu deixar a partir de há alguns meses a esta parte a Associação que suportou a candidatura independente e que ajudou a eleger os dois vereadores/desertores, sem representação formal na Câmara.
Só neste contexto de respiração assistida em atmosfera protegida, é que o 'morto vivo' em que a Câmara se transformou tem conseguido sobreviver.
Parafraseando o conhecido dito humorístico 'com inimigos assim, quem é que precisa de amigos?'.
Terceira penada:
Esta vale por si própria, dispensando quaisquer comentários.
Quando os amigos de ontem fazem esta apreciação critica arrasadora em relação à gestão PSD de Valongo - comparando-a à ruinosa gestão do País por parte de Sócrates, para quê os adversários perderem tempo a acrescentar alguma coisa?
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| Populares acusam parceiro de falta de diálogo e de gerir o concelho com displicência | CDS anuncia fim da coligação e compara PSD a Sócrates |
| Agora é oficial: a coligação PSD/CDS chegou ao fim em Valongo. A confirmação a uma notícia que o VERDADEIRO OLHAR já tinha avançado chegou esta semana através de um comunicado dos populares. Nesse documento, o CDS-PP de Valongo explica o fim do acordo com os social-democratas com a falta de diálogo com o parceiro de coligação e ainda com "a infeliz displicência com a qual o PSD tem gerido o executivo camarário". | Os populares chegam, inclusive, a comparar o PSD de Valongo ao ex-primeiro ministro socialista José Sócrates. CDS-PP garante apresentar listas para todos os órgãos autárquicos Após uma reunião da Comissão Política Concelhia, o CDS-PP de Valongo entendeu "ter condições para ter mais responsabilidade na governação do concelho de Valongo". Assim, em comunicado, anuncia o fim da coligação com o PSD e garante que "apresentará listas próprias para todos os órgãos autárquicos", tendo já aprovado "os perfis dos candidatos para as autárquicas de 2013". No mesmo documento, os populares tecem duras críticas ao PSD de Valongo, acusando os seus responsáveis de "falta de diálogo dentro da coligação para as mais elementares tomadas de decisão". "O constante afastamento e visões incompatíveis para o futuro de Valongo são factores também apontados para que o CDS se constitua numa força alternativa", lê-se no comunicado. Segundo a Comissão Política Concelhia do CDS-PP, "a notória falta de capacidade de gestão de recursos fez com que Valongo, outrora um concelho em franca ascensão económica e capacidade de sólida atracção social, caísse no limbo financeiro e esteja agora dependente do Programa de Apoio à Economia Local para honrar os seus compromissos económicos, ascendendo estes a cerca de 18 milhões de euros". Para o CDS-PP, a gestão autárquica do PSD orientou-se, grande parte das vezes, por razões de táctica política e interesses partidários e menos por razões realmente zelosas dos interesses das populações. "Em termos comparativos, o PSD está para Valongo, como José Sócrates esteve para Portugal. Teve reunidas todas as condições para ter sucesso e fez asneiras sucessivas, deixando o território dependente de ajuda externa", compara o CDS-PP. Recorde-se que, em declarações ao VERDADEIRO OLHAR, o presidente da Concelhia popular, Alexandre Teixeira, já tinha afirmado existir "um nítido mal-estar entre o CDS e este PSD". "Sem lugares elegíveis na lista para o executivo, não estamos disponíveis para a coligação", assegurou, à data, o responsável. Alexandre Teixeira queixava-se, igualmente, de, desde 2009, o PSD nunca ter tido "um único contacto com o parceiro de coligação". In Verdadeiro Olhar |
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