CÂMARA DE VALONGO - MAIS UMA 'REUNIÃO A JACTO'...
Hoje foi dia de reunião de Câmara.
Não vou escrever grande coisa sobre a mesma porque tendo-se tratado de mais uma daquelas 'reuniões a jacto', nem o ritmo das votações mo permitiria, nem os assuntos justificavam que o fizesse...
Entre 'contas consolidadas de 2012', portanto relativas ao período 'pré-glaciar' anterior ao PAEL, passando pelo relatório da Vallis Habita que mereceu uma "duríssima e arrasadora crítica" de Pedro Panzina 'ex-dono' da Coragem de Mudar, "por causa dos gráficos quase ilegíveis" e que determinariam a 'violenta abstenção' dele e de Maria José Azevedo e pelo documento de prestação de contas do SMAES, foi uma corrida pegada.
Por causa do almoço não foi seguramente, porque eu ainda tive tempo para dois dedos de conversa com alguns amigos junto à saída e de chegar a casa perfeitamente a tempo de colocar o avental e dar uma ajuda na cozinha, na conclusão do meu...
Nada portanto que mereça destaque especial, a não ser o facto de, como já vem sendo hábito, não ter havido período de 'antes da ordem do dia' - o período em que Pedro Panzina, em tempos que já lá vão, costumava brilhar.
Deixou de o fazer, obviamente não por condicionamento de ninguém, mas por opção estratégica, aliás partilhada com a primeira vereadora e também 'ex-dona' da Coragem de Mudar.
Talvez uma pequeno episódio tenha representado a excepção à indigência desta reunião:
Sem maldade - antes pelo contrário - a Dr.ª Trindade ao introduzir o ponto referente à abertura de procedimentos concursais para provimento dos cargos de direcção intermédia de 1.º e 2.º grau e proposta de constituição do respectivo Júri, para efeitos de designação por parte da Assembleia Municipal, começou por agradecer a Pedro Panzina (e claro, também a Maria José Azevedo) a prestimosa colaboração e as sugestões para a escolha dos elementos que vão compor o referido Júri.
Percebemos a sua gratidão Dr.ª Trindade e tenho a certeza absoluta - sem qualquer ponta de ironia da minha parte! - que o seu agradecimento foi genuíno e sem segundas intenções. Mas também notei que o extremo direito da mesa - esquerdo visto de lado do público - teria preferido não ser tão exposto...
E se calhar, até tem razão de ser o seu desconforto!
É que eu que já integrei nos meus tempos de funcionário público num Hospital Central vários Júris de selecção, sei por experiência própria, que por muito bem que se façam as coisas, ainda que todos os elementos possam estar acima de qualquer suspeita, no fim do processo há sempre uma data de pessoas que têm naturalmente de ser preteridas em relação a outras e o Júri "é sempre o culpado da sua desdita".
Por isso é que no nosso caso, o Director do Hospital Maria Pia - saudações caro amigo Dr. José Manuel Pavão! - tinha por boa prática ser ele a assumir a referida designação. Quem lhe tinha feito sugestões, quem tinha participado no processo de selecção prévio dos membros efectivos e suplentes, ficava assim resguardado relativamente às decisões que os escolhidos teriam de tomar.
Imagine-se só que por sorte dos próprios e por desdita de Pedro Panzina e Maria José Azevedo, aparecem amigos seus a concorrer e acabam por ser escolhidos! Quem acham que será culpado em 1.º grau por essa escolha? O presidente do Júri? Nada disso! Quem vai pagar as favas, vai ser quem escolheu o presidente, o 1.º vogal, o 2.º e por aí adiante!
E pronto, foi assim, que se passou mais uma 'reunião a jacto' - apesar de curiosamente se seguir a um interregno de duas semanas em que o calendário não se cumpriu - mas também, se não 'há assunto' se tudo está parado, que é que se pode inventar para juntar as pessoas?