A III REPÚBLICA MORREU - SÓ FALTA MARCAR-LHE O ENTERRO!
Ontem comemoramos mais um aniversário do 25 de Abril.
Comemorações oficiais, na Assembleia da República, da forma que a clic do poder e do 'arco do poder' acham mais conveniente e contando obviamente com a conivência da oposição à esquerda que não consegue esconder a atracção que sente por uns efémeros minutos de palco - ainda por cima transmitidos em directo pelas televisões - onde pode mostrar que também tem bom gosto para escolher a fatiota o vestido novo ou a cor da gravata, quando o que seria de todo exigível, é que se demarcasse pela ausência, como aliás e pela segunda vez fizeram os dirigentes da Associação 25 de Abril e os militares por esta representados.
No final, assistimos ao protesto 'para inglês ver' do líder da bancada do Partido Socialista, Carlos Zorrinho, 'zurzindo' o presidente da República - que aliás merece toda a 'artilharia' que lhe possa cair em cima - como se Zorrinho fosse uma virgem impoluta, como se não tivesse passado e como se tudo o que nos está a acontecer tivesse apenas a ver com este governo!
Pois pasmemos então com estes recortes:
Por estas e por outras, é que sempre que ouço a 'esquerda rosa' a falar na necessidade de eleições, dou comigo assustado a perguntar aos meus botões: "será que ainda conseguimos piorar mais um pouco?"
Isto a meu ver, já não vai lá com alternância!
Ainda que por hipótese teórica admitíssemos essa alternância protagonizada pelos Partidos à esquerda do PS, o problema continuaria! O sistema já contaminou também essa área, bastando ver a forma como votam, quando se trata de discutir as mordomias dos deputados, ou os projectos legislativos que daí têm vindo para cortar na 'gordura' do Parlamento!
A solução já não existe no actual quadro desta III República completamente putrefacta!
A solução só pode surgir pelo derrube do Regime - e não apenas do governo - e por uma IV República de mãos limpas, com uma nova Carta Constitucional assente num verdadeiro sistema de Justiça - que na realidade não existe - e numa Democracia directa ou semi directa na velha tradição municipalista portuguesa, onde os cidadãos conheçam e possam sindicar quem os representa e tenham uma palavra a dizer sobre a gestão da coisa pública que vá muito para além da simples participação nos actos eleitorais.