OS 'ANTROPÓFAGOS' DE ALFENA
Ontem, foi dia de reunião pública de Junta e também de 'velório' - no sentido figurado, evidentemente - por um 'morto' que nunca chegou a ser um vivo com muita saúde - o grupo independente Unidos por Alfena.
Da saúde periclitante portanto, passou por um período de coma irreversível, até que ontem entrou em 'decomposição' (uma situação preocupante a exigir rápidas medidas a bem da 'saúde pública) com a avocação de competências por parte do presidente (apoiante como se sabe da candidatura de João Paulo Baltazar) em relação a um dos membros, o secretário Sérgio Pinto e a ameaça de fazer o mesmo com os restantes.
Numa primeira fase, apeteceu-me dizer (em relação aos UpA): "bem feito! Estão a provar o vosso próprio veneno!"
Mas depois de constatar que apesar de ver tudo a ruir à sua volta, de lhe ter caído ontem em cima 'o Carmo e a Trindade' por causa da 'gestão secreta' da coisa pública na Junta, depois de testemunhar troca de mimos entre o 'grupo do presidente (o próprio e mais um) e os restantes três, com acusações de falsificação de actas e de não partilhar a informação sobre o que anda a ser tratado com a Câmara - onde é que eu já ouvi estas queixas? - acho que me apetece pegar num RPG (lança granadas foguete para quem não fez a tropa) em cada mão - novamente no sentido figurado - e 'disparar' equitativamente nas duas direcções, reduzindo a escombros as duas divisões do mesmo reduto.
Uns e outros, são farinha do mesmo saco!
Coabitaram todos na diferença e comungaram do que os 'uniu por Alfena', que como se constata e nós já sabíamos, não era assim tanto, sendo que o cheiro a palco vindo dos lados de Valongo - talvez seja mais o cheiro à manjedoura do costume - lhes fez cair a máscara e vemo-los finalmente como são e nós já os imaginávamos: assanhados devorando-se uns aos outros numa manifestação de canibalismo ou antropofagia primários e repugnantes.
Ontem na reunião de Junta, ficamos a saber que daqui para a frente não existirá mais espaço para a abstinência. Esta é a fase do arroto, depois da deglutição do comparsa que se encontre mais a jeito. A lei do mais forte da selva verdadeira passa portanto a vigorar também na 'selva' de Alfena.
A gestão da coisa pública segue dentro de momentos - dentro de alguns meses para sermos mais exactos.