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A TERRA COMO LIMITE...

UM ESPAÇO ONDE ESCREVEREI SOBRE TUDO, SOBRETUDO, SOBRE TUDO QUE SEJA CAPAZ DE CAPTAR A MINHA ATENÇÃO. UM ESPAÇO ONDE O LIMITE NÃO LIMITA - APENAS DELIMITA.

A TERRA COMO LIMITE...

UM ESPAÇO ONDE ESCREVEREI SOBRE TUDO, SOBRETUDO, SOBRE TUDO QUE SEJA CAPAZ DE CAPTAR A MINHA ATENÇÃO. UM ESPAÇO ONDE O LIMITE NÃO LIMITA - APENAS DELIMITA.

VALONGO - UMA AUTARQUIA DE APREGOADA (MAS AUSENTE) EXCELÊNCIA....

 

Valongo é desde há muito, 'aspas', uma autarquia de excelência, fechar 'aspas'.

 

Pobre excelência que precisa de ser constantemente apregoada, como se isso fizesse da afirmação uma realidade...

 

É verdade que Melo se foi embora e o velho dinossauro constituía um álibi excelente, por motivos óbvios, para os muitos erros do dia a dia da nossa Câmara e para as inúmeras lacunas da excelência.


Negligência dos serviços? A culpa era do senhor idoso!

Indícios - ou acusações de corrupção imputadas eleitos ou a funcionários superiores? A culpa era do senhor - ou  da marca de vinho que o anestesiava!

Os ajustes directos eram a regra em vez de constituírem a excepção? As revisões de preços faziam com que uma obra contratada terminasse custando o dobro ou mais do ajustado inicialmente? A culpa era do senhor que começava a não gostar de ser presidente e dedicava pouco tempo e cuidado à sindicância dos procedimentos internos!

A 'árvore genealógica' do senhor apresentava uma copa com uma envergadura cada vez mais desenvolvida? A culpa era e ainda, dele, das suas costas largas e confortáveis para uma boa 'viagem às cavalitas', ou então do aconchego do seu colo - bem aqui se calhar, até era mesmo ele o único culpado!

 

(Ora sendo eu o defensor mais improvável, nem que seja apenas a título oficioso, do senhor que se foi, tenho de reconhecer que as culpas se dividem por muito mais cabeças e - por uma vez teria de o dizer - foi-se o criador, mas ficou a criatura, uma entidade abstracta, colectiva, mas real, que como sempre acontece, ganhou vida própria ao longo dos últimos anos de desvario do velho senhor e por aqui ficou depois de ele se ir).

 

Portanto, a falta de excelência não resultava inteiramente - ou pior, resultava em muito pequena escala - da acção ou omissão do velho líder - como também não resulta, no momento actual da exclusiva e directa culpa do seu herdeiro.

Todos sabemos como funcionam as máquinas, sobretudo as da nova geração em que existe uma elevada componente de 'inteligência artificial', as quais, resultando de uma ideia inicial e da intervenção determinante do respectivo criador, muitas vezes adquirem 'vida própria' e deixam de obedecer à sua voz de comando, quando não fazem pior e entram em rota de colisão mais ou menos explícita com ele.

 

Todos nos lembramos daquela conhecida série inglesa 'yes minister', onde o dito mandava muito pouco, mas onde todos faziam com que parecesse o contário e de forma tão convincente, que ele acreditava, mas onde a intriga e as negociações de bastidores faziam o dia a dia do seu gabinete.

 

Contudo e no caso concreto do actual presidente não eleito, muito mais jóvem do que o antecessor e tendo em conta o seu perfil muito mais 'consolidado' e o facto de ter uma máquina partidária por detrás, há erros, omissões, negócios menos claros, discricionaridades no tratamento uns munícipes em relação a outros, que de tão ostensivos, se torna dificil não lhe imputar directamente as culpas.

 

Vou só referir telegráficamente e como simples tópicos e de forma aleatória e sem nenhuma preocupação cronológica,  alguns 'objectos' que pairam sobre a sua cabeça, presos por invisíveis e frágeis fios que um dia destes, bem podem desprender-se - com as inevitáveis consequências que podem resultar da sua queda por simples gravidade.

 

(Porque nem tudo prescreveu!)

 

- Protocolo de 10 de Julho de 2001, com a SAGA de Abílio de Sá e que previa a 'requalificação e a renovação ambiental e urbana das margens do Rio Leça' - não foi cumprido até hoje.

- Protocolo que vai amanhã, 31 de Maio de 2013 a reunião de Câmara: 'a requalificação das margens e da envolvente ao Rio Leça é de primordial importância para o desenvolvimento sustentado do Concelho de Valongo...' - que razões acrescidas, porque os interlocutores são os mesmos, teremos nós e o Rio Leça,  para acreditarmos que desta vez é para valer? E como é que se pode negociar com um privado um protocolo em que existem contrapartidas que os munícipes - e os outos eventuais investidores desconhecem?

- Como é que um equipamento com a dimensão daquele de que se fala para o denominado 'Vale do Leça', pode ser negociado na base de uma concessão por 25 anos - quando os benefícios para o promotor são definitivos?

- Como é que se pode manter em 'stand-by' - de forma verdadeiramente kafkiana - um processo como o da firma Marcelo, Peixoto & Irmão, já transitado em julgado, afectando outros munícipes, como se as leis deste País não existissem?

- Como é que se pode permitir que um munícipe - Avelino Marques de Sousa e o seu advogado e presidente de Junta de Freguesia de Alfena brinquem - literalmente - com uma munícipe, sem que a Câmara se disponha (desde Julho de 2011) a repôr a legalidade?

- Como é que se pode invocar 'excelência' e depois manter blindados documentos que deveriam ser do domínio público - PDM actual e todo o processo que envolve a actual revisão em curso do futuro instrumento?

- Como é que se toma conhecimento de um processo - também ele kafkiano - relacionado com a tentativa de burla da Quinta do Bandeirinha, envolvendo um vereador e um funcionário superior da Câmara e o grupo Eusébios, onde em determinado momento se chegou ao desplante de 'desenhar' o prolongamento da Avenida Padre Nuno Cardoso até à Rua 1º de Maio, 'apagando' (nas plantas, obviamente) a casa de um munícipe e depois não se tiram daí as consequências políticas e disciplinares adequadas?

 

(Existem plantas onde esse 'delete' se pode constatar...)

 

Bem... acho que por hoje chega de tópicos inconvenientes. Mas existem muitos mais em stand-by!

publicado às 20:04

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