VALONGO E O SENHOR ALCAIDE-MOR DA CONFRARIA GASTRONÓMICA DA TERRA DA MAIA...
Quem avisa...
O Dr. Nogueira dos Santos tem fama de ser um bom garfo - aliás, é alcaide-mor da Confraria Gastronómica da Maia - o que para Valongo não é uma referência muito recomendável...
Os bons restaurantes cobram preços pouco simpáticos e um bom repasto exige sempre um vinho a condizer, que também não fica nada barato.
Fernando Melo tinha uma preferência especial por uma das boas marcas nacionais - a Barca Velha - de que já falei aqui várias vezes e esse gosto apurado, aliado à simpática tendência que tinha para não ser egoísta na fruição dos prazeres da mesa, fez com que em determinada altura o Tribunal de Contas criasse um problema com as facturas (ou falta delas) dos seus almoços e jantares um incidente que chegou a ser discutido numa reunião de Câmara, com Melo a dizer que a oposição também tinha comido (e bebido) e os dois extremos desta a contorcerem-se desconfortáveis perante o escrutínio dos olhares do público tentando adivinhar quem de entre os dois lados tinha 'metido os pés debaixo da mesa e emborcado a Barca Velha.
Nas negociações do passe do Dr. Nogueira dos Santos para a próxima época em Valongo, será que o Dr. João Paulo Baltazar esclareceu devidamente o contexto especial em que Valongo vive actualmente?
Será que ficou claro que não pagaremos repastos caros ao senhor alcaide-mor nem tampouco admitiremos a opção Barca Velha?
Sei que isto é a 'mercearia barata' que quase nunca se discute neste tipo de contratações.
Os negociadores têm quase sempre uma espécie de pudor em entrar nestes detalhes comezinhos mas a verdade, é que somados todos eles, às vezes o deficit dispara e pior do que isso, dispara também o risco dos ciúmes daqueles que nem sempre terão (teriam no caso de ser eleito) lugar à mesa do senhor vice presidente da Câmara de Valongo e alcaide-mor da Maia - da Confraria, evidentemente...
Nada melhor pois, do que falar desde já nestas questões tera-a-terra ao senhor alcaide Nogueira dos Santos - para que saiba ao que vem.
Valongo tem um PAEL para cumprir, tem (muitas) dívidas para pagar, tem muita habitação social degradada para reabilitar, tem carências de todo tipo para resolver - a Maia se calhar também, mas nós 'ganhamos' seguramente - e sobretudo, tem um histórico de desvarios que traumatizou demasiado os valonguenses e os torna muito mais 'desconfiados' mais atentos e mais críticos relativamente aos desmandos dos seus autarcas e, devo reconhecê-lo também, por causa do desgraçado passado de 20 anos de governação de Fernando Melo, um pouco 'unhas de fome' relativamente aos 'gastos com a boca' dos seus autarcas.
Feito este resumo, e face ao aperto que seguramente continuará ainda por muitos anos, será que o senhor alcaide-mor ainda está interessado em nos ajudar?