VALONGO/ALFENA - O MENOR DENOMINADOR COMUM
Costuma dizer-se que o menor denominador comum entre dois adversários políticos é o negócio a que os dois possam aceder apenas em simultâneo.
Até há pouco tempo, esta espécie de frase feita, não passava para mim disso mesmo: de uma abstracção. À luz dos novos conhecimentos adquiridos e das experiências práticas que fui testemunhando no dia a dia - o trabalho de campo é absolutamente essencial para validar os nossos conceitos teóricos - posso agora e de forma absolutamente segura, garantir que assim é.
João Paulo Baltazar e Rogério Palhau, cada um no topo da pirâmide da administração do respectivo território autárquico, andaram durante muito tempo de 'candeias às avessas', dizendo um do outro aquilo que Maomé não disse do toucinho, conspirando com inimigos comuns contra os interesses comuns a cada um, disputando entre cada um a capacidade destrutiva das cargas com que tentavam dinamitar o pedestal em que cada um se agigantava.
É público, está escrito, pode ser testemunhado...
Pois bem, o homem que em Alfena conseguiu - com ajudas extraterrestres - apear em 2009 o PSD de Alfena dos outdoors, para garantir a vitória de um projecto híbrido e pseudo-unitário (UpA de seu nome) e ao mesmo tempo, assegurar a aterragem em segurança do OVNI de Alfena em Valongo, é o mesmo que agora, deitando mão da sua geometria variável e da capacidade reversível dos seus propulsores, faz o percurso inverso, aparentemente sem esforço e aparentando o ar mais natural do mundo.
Muitos ainda se perdem e perdem tempo na busca de uma explicação para esta estranha transmutação, quando afinal tudo é bem simples, tão simples como o básico conceito do menor denominador comum entre dois homens com ambição de subir na vida: o negócio que os dois apenas conseguem concretizar unindo esforços.
Como os dois burros da história, eles já aprenderam que apenas cooperando podem chegar aos múltiplos tufos de relva (ou fardos de palha): atacando ao mesmo tempo um de cada vez, em vez de puxarem cada qual para seu lado.
Em Alfena, os tufos têm nomes como arranjo urbanístico sob o viaduto da A41, urbanização da Quinta das Telheiras (ex PUCCA, paz à sua alma), área de lazer 'Vale do Leça', nova sede da Junta de Freguesia de Alfena, entre outros.
Quem disse que apenas os camaleões possuíam aquela capacidade de mudar de cor conforme o cenário envolvente?
Em Alfena, onde não me consta que existam camaleões, há seres que o conseguem fazer igualmente e com alguma facilidade e muito proveito.