“A compostagem é um processo biológico em que os microrganismos transformam a matéria orgânica, como estrume, folhas, papel e restos de comida, num material semelhante ao solo a que se chama composto”. (Lipor – ‘Horta da Formiga’) Mal comparado, Alfena é desde 2005 um enorme compostor onde se desenrola este processo ‘biológico’ de transformação de coisas aparentemente inúteis, num produto de indesmentível utilidade. Lamentavelmente para os alfenenses, os resultados esperados ainda não são visíveis. Impõe-se por isso revisitar a ‘Horta da Formiga’, detectando erros, reformulando procedimentos, descobrir o que é que tem impedido que o ciclo se complete e o conteúdo do ‘caixote’ deixe de apresentar aquele inconfundível aspecto de matéria em putrefacção, bem diferente do expectável húmus do nosso contentamento. Cumpridos 2 ciclos parciais de 2005/2009 e em vias de se completar o de 2009/2013, o composto continua a exalar o odor característico de um aterro a céu aberto (ou a coisa pior) e a única alteração visível registou-se nos últimos meses com a separação do mesmo em duas partes distintas, sendo que uma e outra exalam odor semelhante. Nesta altura, já não deveriam restar dúvidas a ninguém de que em 2009, tal como em 2005, a maioria dos alfenenses comprou um produto contrafeito, com um manual de instruções que não bate certo com o ‘apetrecho’ – os UPA e Arnaldo Soares são um ‘flop’! Os mega-projectos com que nos acenavam, artisticamente ilustrados pelo ‘arquitecto honoris causa’ (imbatível promotor local da banha da cobra) e que até 2009 foi mandatário eleitoral da ‘híbrida união’, ficaram-se por isso mesmo, pelas ilustrações. (Falamos da plataforma da Jerónimo Martins, do PUCCA (Plano de Urbanização do Centro Cívico de Alfena) da nova Unidade de Saúde que há muito deveria estar construída, de um percurso pedonal ao longo do rio Leça, de uma nova área de lazer – que as necessidades de Alfena não se circunscrevem à exiguidade do parque de S. Lázaro – de um pavilhão polivalente que não confine os alfenenses à boa vontade do Centro Social e Paroquial ou do Atlético Clube Alfenense). Estas são apenas algumas entre as muitas incumpridas promessas. Apesar disso e gorada que foi a sua incursão na Câmara mais corrupta do Grande Porto depois de Gaia e de onde foi destituído, não porque não preenchesse os requisitos, mas por pura incompetência em os levar à prática de acordo com o caderno de encargos de Fernando Melo e João Paulo Baltazar, cá temos Arnaldo Soares devolvido à procedência e à família de acolhimento alfenense! Como diz o ditado, “na primeira quem quer cai, na segunda cai quem quer e na terceira cai quem é...” (Será que alguém cai?) Se queremos que Alfena seja igual às filhas iguais de uma Câmara madrasta, em Setembro teremos de mudar o processo, deixando de confundir compostagem com aterro sanitário, subprodutos recicláveis com ‘resíduos tóxicos’. Estes últimos devem ser simplesmente banidos, caso contrário o compostor de Alfena continuará sem cumprir a sua função e em vez de húmus continuaremos a ter a ‘estrumeira’ do nosso descontentamento... Para a saúde pública de Alfena, Arnaldo Soares será sempre um contaminante ‘não reciclável’! Em 2009, rumou a Valongo trauteando a canção dos Deolinda de que gostamos muito - mas não de quem no-la faz recordar. (“Agora sim - agora não - vão sem mim que eu vou lá ter”). E veio... |