VALONGO DOS PERDEDORES...
João Paulo Baltazar é um inexperiente em dinâmicas eleitorais.
Direi mesmo, que ainda não concluiu a 'formação básica' nessa área, porque se confinou até há cerca de um ano atrás, ao exercício de uma arte vulgarmente conhecida por 'yes men' - de Fernando Melo no caso concreto, o qual como todos sabemos, era perito em tirar o tapete ao maior amigo se ele se começasse a 'esticar com a conversa'.
Mas Fernando Melo cansou-se de Valongo - começaram a cortar-lhe no stock de Barca Velha, a controlar-lhe os gastos do cartão de crédito, a fazer-lhe demasiadas perguntas sobre jantares pagos aos amigos e amigas e até mesmo à oposição... - e resolveu, felizmente para todos nós, ir-se embora há cerca de um ano.
Ocupada a cadeira do 'dinossauro', restava pouco tempo ao herdeiro para se familiarizar com os comandos da 'gamela', uma geringonça meio artesanal, mas apesar de tudo, algo complicada de manobrar, porque os 'utentes' são mais que muitos e as provisões escasseiam.
Além do mais, já com as eleições à vista não foi fácil passar daquele registo informal de frequentador da festa da bifana, da comezaina patrocinada, da pendular ingestão de umas 'loiras fresquinhas' intercaladas com a degustação de uma ou outra 'francezinha' bem condimentada e mais disponível.
Mas como diz o Povo, "quem tem amigos não morre na cadeia".
Apercebendo-se da presidencial aflição e antevendo ao mesmo tempo uma janela de oportunidades para uma lucrativa colaboração, o vereador menor e a divina dama do 'coração doce' logo se apressaram a dar o passo em frente e a vender ao candidato o seu estratega privativo de 2009.
Perdedor? Isso agora não interessa, porque o currículo e a experiência de negócios da personagem, continuam a vender bem, sobretudo quando o cliente é inexperiente e está tão ansioso por comprar, que nem se dá ao cuidado de verificar o 'certificado de garantia'...
Custódio Oliveira é pois o homem de quem se fala em Valongo, uma figura intrusiva, furtiva, quase clandestina na sede do poder, mas para azar dele, a sua 'caminhada' pelo mundo dos negócios com as autarquias, deixa - tem deixado - um enorme rasto a... 'colaborações informais' e ajustes directos mal explicados.
Ele é pois - logo o provaremos - o homem da campanha de João Paulo Baltazar.
Mas ele é também - e para mal dele próprio e do cliente - um perdedor em Valongo, onde liderou como já dissemos, o 'projecto de mudança - afinal um projecto de poder pessoal - de Maria José Azevedo em 2009.
Desconfio - mas isto sou só eu a falar com os meus botões - que uma parte das contas da campanha de então terão ficado para 'pagamento futuro' surgindo agora a oportunidade de fazer esse acerto final, a troco da organização - perdedora uma vez mais - da campanha do herdeiro.
Tudo estaria bem, se o dinheirinho envolvido fosse apenas o dos patrocinadores do costume - por conta de umas quantas facilidades na aprovação de projectos, ou de umas comparticipações inflacionadas, em iniciativas de cariz cultural ou outro.
Porém, a inevitável associação que todos fazem, entre a venda da imagem do herdeiro e o 'ajuste directo' com o 'amigo Custódio, de que falei AQUI, levanta muitas dúvidas e muitas interrogações.
Será que o 'trabalho' encomendado se enquadra no tipo de acções de que a Câmara precisa neste momento e sobretudo, que está em condições de pagar?
Será que existe mesmo um trabalho concreto e definido?
Alguma informação relevante sobre a distinta figura da OMNISINAL: