ALFENA E OS 'EMPLASTROS'...
Já aqui escrevi pelo menos uma vez que me recorde, sobre a Festa de Nossa Senhora do Amparo em Alfena.
Disse-o então e quem me conhece nem precisaria que o fizesse, que sou tendencialmente agnóstico, o que não significa que não admire o enorme contributo que a nossa comunidade religiosa, caracterizada sobretudo por 3 grandes núcleos - Nossa Senhora da Paz, S.Vicente e Nossa Senhora do Amparo - não represente uma enorme mais valia para toda a restante comunidade.
E porque penso assim, é sempre com muito prazer que contribuo na medida do que posso e financeiramente - já que não o faço em 'espécie' - para ajudar os muitos voluntários e 'activistas' que se disponibilizam, pelo menos uma vez por ano, para manter vivas as tradições de carácter religioso da nossa terra.
No passado fim de semana, foi a lufa-lufa do costume - de todos os anos - com a feitura do gigantesco tapete de flores para embelezar as festividades de Nossa Senhora do Amparo, este ano com uma 'ajuda' que bem se dispensaria: a chuva.
De qualquer forma e de acordo com o que pude ver por algumas fotografias que por aí circulam, no essencial nem a Santa nem as pessoas têm motivos para se sentir menos honrados, pois a única diferença a assinalar terá sido o maior trabalho para manter e reparar alguns estragos provocados pelo 'dilúvio'.
No dia e no que às festividades diz respeito, S. Pedro resolveu colaborar e já não houve problemas de maior: a Procissão, as cerimónias religiosas e a festa propriamente dita - novamente baseando-me em observações amigas, dado que não estive por cá - correram como previsto, isto é, muito bem.
Até no que aos 'emplastros' do costume diz respeito, este ano não foi muito diferente: para além dos convidados protocolares - autoridades religiosas e civis, voltamos a ver em lugar de destaque - antes do Povo - os ditos cujos, que costumam aparecer sempre sem ser convidados - para serem vistos e para a fotografiazinha muito útil para impressionar os amigos do 'feissebocas'.
Eram pelo menos dois, sendo que nenhum deles era o conhecido 'filho do Pinto da Costa e do Vitor Baía'.
Curiosamente e embora pudesse colocar-se no lugar das 'autoridades civis' - por ser deputado municipal - o candidato de Mudar Valongo optou por uma postura sóbria e discreta de simples presença no lugar do 'outro Povo' aquele que prefere ficar de lado a presenciar a passagem e que é uma forma de participação tão importante como a de desfilar.
Aos muitos que fizeram fotografias - e porque 1 imagem vale mais que 1000 palavras - agradeço se me puderem enviar pelo menos uma foto dos ditos, que não sendo nem autoridades religiosas nem civis - já o foram, deixaram de o ser e talvez possam, quem sabe, voltar a sê-lo um dia - merecem apesar de tudo, um registo para a ´memória futura' deste Blog: Tudo o que seja genuinamente 'exótico', merece sempre ser destacado...