(…) “Se
os cidadãos soubessem como são gastos alguns dinheiros públicos, revoltar-se-iam contra os
seus dirigentes e invadiriam as Câmaras.”
Fernando Costa, militante do PSD, presidente da Câmara das Caldas da Rainha Não há infelizmente muitos autarcas da craveira de Fernando Costa e é pena, porque o poder local, estando mais próximo dos cidadãos eleitores, deveria constituir, na sua forma de se relacionar com eles, uma espécie de plataforma de reconciliação destes com a política. A dimensão do desastre de 20 anos de gestão do PSD de Fernando Melo e de João Paulo Baltazar em Valongo, dá perfeito sentido às palavras de Fernando Costa (de um ‘outro’ PSD). Afogada em dívidas e com um Orçamento consumido pela ‘gestão danosa’, até as coisas mais básicas vão ficando para trás: os buracos das ruas vão sendo remendados até ao buraco final onde um dia cairemos todos, os prometidos e básicos passeios em falta em tantos locais, tardam em passar para cá dos muros da cimenteira, a execução do saneamento básico, queda-se em parâmetros bem distantes da invocada excelência… E ao contrário de Fernando Costa que em 27 anos de mandatos teve apenas 2 carros e sempre dispensou motorista, em Valongo João Paulo Baltazar e os seus 3 vereadores a tempo inteiro, têm viaturas recentes de gama alta, com motorista anexo e secretária pessoal! O reverso de tudo isto, refere-o a DGAL na sua informação periódica: cada valonguense mal nasce, já deve 671 EUR! Ainda segundo a DGAL, a Câmara detém um desonroso primeiro lugar entre as mais caloteiras, demorando 332 dias em média a pagar aos seus fornecedores. Face às condicionantes atrás referidas e aos exemplos do que por causa delas se corta no essencial, imaginarão os menos atentos que a gestão se fará em tudo o resto de forma igualmente espartana. Puro engano! O desmesurado ego deste presidente não eleito não é compatível com essa postura ‘miserabilista’ (socialmente responsável, diremos nós) do seu colega das Caldas da Rainha. Este criminoso sorvedouro já é grave quanto baste mas temos ainda de lhe anexar a gestão ruinosa e negligente, os comportamentos corruptos e tudo o mais onde se torra o dinheiro do Povo. Quatro situações verdadeiramente escandalosas e a justificar a atitude preconizada por Fernando Costa – uma invasão barulhenta e punitiva da Câmara de Valongo: Escândalo 1: Câmara perde processo de 130 mil EUR interposto por uma empresa preterida num concurso público, por este ter ‘martelado’ para favorecer um amigo do presidente; Escândalo 2: Câmara perde processo superior a 100 mil EUR interposto pelo senhorio do edifício do antigo Tribunal por incumprimento das condições contratuais (acção interposta através de um advogado do escritório do jurista da Câmara que foi responsável pelo erro); Escândalo 3:Câmara vai gastar 300 mil EUR numa permuta de terrenos com a imobiliária Imosá para adquirir a propriedade do estádio do Ermesinde – para além dos custos da recuperação do espaço; Escândalo 4: Câmara contratou há 3 meses um ajuste directo de 25 mil EUR com Custódio Oliveira, oganizador da campanha de Maria José Azevedo em 2009, para elaborar um ‘Estudo de Planeamento Estratégico’ (?). Basta! Se não tivermos tempo até 29 de Setembro para pôr em prática o conselho de Fernando Costa, tenhamos ao menos na boca das urnas a força bastante para o pontapé-cruzinha nos fundilhos daquela gente que usa a democracia não para nos governar mas para se governar!
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