VALONGO - COMO SE TORRA O NOSSO DINHEIRO (ACTUALIZAÇÃO)...
(...) "Se os cidadãos soubessem como são gastos alguns dinheiros públicos, revoltar-se-iam contra os seus dirigentes e invadiriam as Câmaras" (AQUI).
(Fernando Costa, dirigente do PSD/Leiria, vice presidente do Congresso deste Partido e presidente da Câmara das Caldas da Rainha)
O Parque Urbano de Ermesinde - alguns continuam inexplicavelmente a usar a designação do regime, 'Fernando Melo' - faz jus à dita designação:
Têm sido inúmeras as queixas e reclamações, pelos motivos mais diversos e como não posso referir todos, centro-me em dois dos mais relevantes, um sobre o famoso e irresponsável mini golf que chegou a ir a reunião de Câmara pelo menos, que me recorde, duas vezes - (AQUI).
Confesso que desconheço o estado actual deste 'favorecimento ilícito' de uma cidadã, que ao que parece, nem sequer era de Valongo, mas era seguramente amiga de alguns valonguenses influentes.
O outro, também visivelmente um 'favorecimento' e eventualmente 'ilícito' - o Parque-Rest - beneficia igualmente de um estatuto de favor, provavelmente associado à forma de bem receber alguns dirigentes que ali torraram o nosso dinheiro em 'paletes' de Barca Velha e continuarão a torrá-lo, não os mesmos e seguramente já não em Barca velha, porque os sabemos mais ecléticos, porém, com idêntico bom gosto.
Há até quem associe o dono do equipamento - certamente más línguas e preconceituosos que se sentem revoltados por nunca terem sido convidados para a 'mesa do rei' - ao caso das 'máquinas do tempo' que estiveram na base da condenação do arquitecto Vitor Sá a três anos e meio de prisão - processo em recurso, sendo portanto o acusado 'inocente, até ao trânsito em julgado da respectiva sentença'.
Sendo verdadeiros ou não todos estes factos estranhos e as estranhas suspeições aqui levantadas, o facto é que o concessionário se comporta como se fosse o dono - não apenas do equipamento mas também do Regulamento de acesso ao espaço envolvente e até da própria segurança humana presente 24 horas, ao que parece, caso único em equipamentos municipais do género e a quem exigirá mesmo, a vigilância da esplanada - parece que ainda não chegou ao extremo de lhes exigir a entrega do ticket da conta aos clientes, mas que já por diversas vezes os ameaçou que 'se respingarem, eu faço um telefonema e estão feitos', isso é verdade.
Uma das prorogativas do Sr. Vitor Pinheiro, é o 'direito de acesso' da sua viatura ao espaço junto ao restaurante - alegadamente, por questões de segurança e para à noite recolher o apuro do negócio.
Existem várias participações na Câmara sobre estes abusos - inclusive com fotografias - mas ao que parece sem resultado, pois segundo o influente empresário, 'nem o presidente me dá ordens'.
Consta-se que a Câmara estará a tratar de lhe conceder um lugar privativo (não pago) no estacionamento exterior, mas duvido que mesmo assim ele se deixe 'dominar' por regras de carácter geral!
Seria bom portanto e face a mais este exemplo claro de má utilização de dinheiros públicos para garantir um negócio privado e pelos vistos bem rentável - meios humanos, facilidades, direitos especiais (ou abuso de direitos) e promiscuidade entre detentores de cargos públicos, eleitos e amigos de todos eles por um lado e por outro, um empresário privado com ligações mais que... suspeitas?
Como bons clientes do espaço, talvez o actual herdeiro e o seu amigo e presidente da Junta de freguesia de Ermesinde possam avançar algumas explicações para as dúvidas levantadas.