MUDAR VALONGO - UMA QUESTÃO DE SOBREVIVÊNCIA!
Já deu para perceber - eu às vezes sou (quase) 'transparente' - que não morro de amores pela genérica formatação das campanhas eleitorais com que temos convivido nas últimas décadas - muitos outdoors a 'poluírem' a paisagem, invasão de tudo o que sejam festas e procissões, feiras e iniciativas semelhantes, para a fotografia que há-de ser depois 'postada' vezes sem conta nas redes sociais com os comentários dos 'prós' e também dos 'contra' - aqueles menos cáusticos nas críticas, que os outros serão apagados - distribuição de beijos e abraços e tudo o resto que temos visto e veremos por aí, um pouco por todo o País, que Valongo apenas segue a onda, até 29 de Setembro e abrangendo quase sem excepção toda a paleta das cores partidárias e mesmo daquelas que alegam ostensivamente não se reverem nessa paleta, ou seja, os (mais ou menos) independentes.
Há muito boa gente - alguma até muito próxima das ideias qua eu defendo - que se sente bem com esta formatação e até a considera absolutamente essencial, logo não é nenhuma questão ideológica aquela que me faz divergir no gosto, mas tão só e simplesmente isso, o gosto.
Mesmo sem ter muita 'pedalada' para calcorrear estradas e calçadas, umas planas outras mais ou menos 'inclinadas para cima', tenho acompanhado no terreno - Alfena - a campanha de um homem de quem sou amigo e que obviamente apoio - na aboradagem directa, na sua rua, no seu bairro, nas suas casas, dos cidadãos concretos e deles ouvir os problemas concretos, as críticas directas ao incumprimento de promessas feitas há 4 anos e logo a seguir esquecidas por aqueles que se sentaram na cadeira do poder.
Desta parte da campanha eu gosto, porque é aquela onde os candidatos dão a cara e se comprometem - no concreto - com os cidadãos concretos e definidos.
Não nos une o 'cartão do Partido' - PS é o dele e o meu é nenhum - mas apenas o projecto de MUDANÇA para a nossa terra, marginalizada por uma Câmara madrasta ao longo de 20 anos, enganada pelo populismo barato do líder de um pseudo projecto de mudança, um homem que teve até agora e desde 2005 - primeiro ele e depois a interposta pessoa do presidente de Junta por ele escolhido em 2009 - para provar que faria melhor do que o PSD de Alfena, mas que afinal não fez!
Venho de um projecto também ele desoladoramente falhado em Valongo, por razões tristemente semelhantes às que fizeram o PSD falhar: falta de seriedade, defesa de interesses exclusivamente pessoais e de 'culto da personalidade' por parte dos dois vereadores eleitos.
A Coragem de Mudar de Maria José Azevedo, conseguiu curiosamente e em 4 anos, fazer o pleno das práticas mais condenáveis dos Partidos do arco da governação e em muitos aspectos, até suplantá-las!
Em determinado momento do período pré eleitoral, a Direcção da Associação Coragem de Mudar da qual faço parte, procedendo a uma avaliação crítica e desapaixonada das condições existentes no terreno para podermos avançar com uma candidatura autónoma, concluiu pela sua inexistência, decidindo por isso dar inteira liberdade de opção aos seus associados e dirigentes, para integrarem listas de outras forças - como independentes, ou na qualidade de filiados nas mesmas, se considerassem isso mais vantajoso.
(Responsavelmente e porque temos uma posição profundamente crítica em relação à gestão actual da Câmara, que apesar das expectativas iniciais após a saída de Fernando Melo manteve o percurso de desastre das duas últimas décadas, desaconselhamos apenas a integração ou o apoio da lista de João Paulo Baltazar).
Foi pois na condição de independente, mas nem por isso à margem daqueles que são os anseios mais profundos da terra onde há 25 anos decidi viver, que aceitei, de forma consciente e informada, apoiar o projecto de MUDANÇA de José Manuel Ribeiro e do Partido Socialista de Valongo, integrando a sua lista para a Assembleia Municipal.
O Órgão Assembleia Municipal tem de assumir no futuro um papel mais activo no âmbito da democracia participativa, privilegiando os Orçamentos participativos, promovendo de forma activa a participação dos cidadãos na vida da sua autarquia, chamando-os à participação nas Assembleias e reuniões públicas de Câmara, garantindo as condições indispensáveis para dinamizar o mais possível essa participação, nomeadamente, através da realização de Assembleias descentralizadas com carácter regular.
Valongo merece a MUDANÇA! Valongo não sobreviverá sem ela! Valongo tem 'volta a dar'!