VALONGO E AS ANALOGIAS - O LUTO DOS VIRA-CASACAS...
Não tenho a certeza se era nos mesmos que me ocorrem, que o Dr. Castro Neves estava a pensar quando me enviou este artigo de Paulo Reis Mourão publicado no Público.
Falava o Dr. Castro Neves em analogias e as mais próximas que consigo encontrar, já vestiram casaca com o mesmo padrão e, curiosamente ou talvez não, concluíram ao mesmo tempo, pela necessidade de a virar.
Tão inimigos que eles eram, acabaram afinal irmanados na constatação da sua inutilidade, a dar água sem caneco do outro lado da trincheira, ao inimigo de ontem - embora menos inimigo de uns que do outro e agora amigo dos três.
Porque vivemos tempos difíceis de frágeis fidelidades, onde qualquer desatenção pode representar a morte do artista, João Paulo Baltazar optou pela estratégia dos Papas de Roma: Porque não confia inteiramente nos romanos, transformou-os em guardas suíssos para lhe guardarem o flanco.
Ainda que não fossem muito fortes os laços que a elas os ligavam, a uns e ao outro ficava-lhes bem, fazer um período de luto pela perda das suas convições. Mas o verão é uma estação de muitas tentações e perante a força do assédio vindo do outro lado, quais viúvas alegres estouvadas, rapidamente aliviaram o luto e se acomodaram na alcova do inimigo.
Gostos não se discutem...