UNIDOS por ALFENA - 'PORNOGRAFIA' INFANTIL
Ronda a 'pornografia' política o alinhamento da campanha eleitoral de Arnaldo Soares em Alfena!
Senão vejamos:
Ponto um:
É no mínimo de péssimo gosto e eticamente reprovável que tenha escolhido a música dos Deolinda Movimento Perpétuo Associativo, que fez o enquadramento da campanha da Coragem de Mudar em 2009, para animar as suas incursões aqui pelas ruas de Alfena.
Não é inocente essa escolha, sabemo-lo bem e não podemos por isso mesmo, deixar de a criticar veementemente!
Ponto dois:
As crianças são o futuro. Por elas nós somos capazes dos maiores sacrifícios e em tempo de contar até os pedaços de pão que se põem na mesa, elas estão sempre incluídas mesmo que alguém tenha de ficar de fora.
Por elas acordamos cedo todos os dias para trabalhar, por elas deitamo-nos tarde e a más horas para que na medida do possível não lhes falte o essencial.
Mas se as crianças nos merecem tudo isto e muito mais, deveriam também merecer mais respeito do que aquele que eu presenciei hoje de manhã no desfile pelas ruas de Alfena e que me fez lembrar as formaturas e a 'ordem unida' que antecediam as aulas do período Salazarista, para cantar o hino da mocidade portuguesa ou fazer a continência à bandeira.
É uma atitude profundamente condenável para com os nossos júniores - ainda que possa ter sido validada pelos pais - a ideia desta coreografia 'Arnaldina' que hoje presenciei. As crianças não votam e não votando, tudo que tenha a ver com a 'caça ao voto' devia estar-lhes vedado. São novos demais para caçar e novos demais também, para esta pose quase 'pornográfica' entre a ilegalidade e o crime!
Porém, o receio de que os alfenenses não se tenham ainda esquecido do comportamento miserável e eticamente reprovável de Arnaldo Soares em 2009, faz com que os ideólogos da campanha se esqueçam de todos os limites da decência. Eles temem que se perceba cedo demais que Arnaldo Soares não representa qualquer mais-valia para Alfena!
Durão Barroso fez em relação ao País uma coisa parecida quando rumou a Bruxelas, mas como se deu bem e ficou por lá, a maioria dos portugueses já se terá esquecido. O vereador falhado abandonou no entanto promessas e projectos que tinha em mãos, para tratar da sua vidinha 'lá em cima' em Valongo e deu-se mal.
Isso faz toda a diferença!
O seu regresso 'sem armas e sem bagagem' à condição mais humilde de cacique local é deprimente demais para poder passar despercebido. A tentativa patética para apelar à gratidão de alguns beneficiados com rendimentos mínimos de caracterização mais que duvidosa ou de alguns destinatários de favores diversos enquanto esteve na mó de cima, não vai seguramente ter o retorno suficiente em número das cruzinhas que almeja alcançar!