O CASO MARIA TRINDADE DO VALE - A PALAVRA À JUSTIÇA...

E pronto...
Já tem registo - Procº. 2205/13.5 TAVLG - a queixa que apresentei no Ministério Público contra 'eventuais ilícitos' cometidos pela Dr.ª Maria Trindade Vale, vereadora do PSD na Câmara e ex vice presidente de João Paulo Baltazar no mandato anterior.
Em causa estão duas situações sobre as quais já aqui falei - sendo que a primeira também mereceu há pouco tempo a honra de notícia no Jornal PÚBLICO, a saber:
- Primeiro item: O caso do 'avançado' não licenciado que a senhora construiu na sua residência, alvo de uma operação de fiscalização da Câmara, a qual teria de legalizar ou demolir. Valendo-se da sua posição de privilégio, escreveu uma carta aos Serviços alegando que desistia da legalização em virtude de 'já ter demolido a construção'.
É claro que estava a mentir e os serviços - coisa estranha(?) - nem sequer se deram ao cuidado de voltar ao local para confirmar confirmar a veracidade da sua declaração.
Para o autor da queixa, o grave não é a construção ilegal, mas sim as falsas declarações de alguém que é detentor de um cargo político e usa o mesmo para obter benefício ilícito.
Neste item existe existe ainda uma agravante também incluída na queixa e que consiste no facto de a vereadora em causa, ter edificado uma espécie de 'caixote' sobre a garagem anexa à residência e que não tem qualquer hipótese de ser legalizado.
Também aqui os Serviços, porque não mais voltaram ao local para confirmar a tal 'demolição', não viram nada(!)...
- Segundo item: O caso do uso da viatura oficial que lhe estava atribuída, bem como os serviços do respectivo motorista, durante pelo menos um ano lectivo, para fazer um 'miminho' ao seu compadre Marco António Costa, à altura membro do governo: uma espécie de 'transporte escolar VIP' para a filha do governante, de casa para a escola e vice versa.
Sobre este caso, foi entregue ao MP um DVD com um conjunto de fotos e um vídeo e que me foi remetido de forma anónima.
Ao contrário do que muitos me acusam - de me ocupar com 'guerrilhas políticas' ou ajuste de contas com o passado recente(?) - fica aqui declarado que, apesar de 'algumas insistências', eu preferi não 'inquinar' a campanha eleitoral em que João Paulo Baltazar e Maria Trindade eram candidatos, retendo até agora a formalização desta queixa.
Aguardemos pois os próximos passos do MP relativamente a este processo.