VALONGO - A CONFIRMAÇÃO DE UMA COLIGAÇÃO INVENTADA...
Apesar das 'explicações' do próprio, referidas no artigo que se segue de Luís Chambel no jornal A VOZ DE ERMESINDE, vale a pena voltar ao assunto Daniel Torres...
O que o deputado diz pode até ser verdade, mas o facto de ele ter 'assistido de camarote' à troca de mimos a que A Voz de Ermesinde faz referência - com uso do direito de resposta e tudo - torna-o conivente com a encenação do PSD e de João Paulo Baltazar em relação à 'coligação' com o PPM. Como a coisa deu para o torto, vem agora finalmente pôr os pontos nos 'ii'.
Só que passou tempo demais para que essa tentativa de repor a verdade soe a requentado.
Há 'fotografias' que, por maior que seja o esforço do 'fotógrafo', saem sempre tremidas e esta é uma delas
Bem pode o republicano Daniel Torres propalar aos quatro ventos que é vermelho como o nosso o sangue que lhe corre nas veias, que sempre nos ficará a impressão de ver tons de azul no mesmo...
O artigo de A VOZ DE ERMESINDE:
A palavra de Daniel Torres Gonçalves ainda a propósito da coligação autárquica concelhia PSD/PPM
Foto ARQUIVO ALBERTO BLANQUETT |
Terão presente os nossos leitores mais atentos a questão que o nosso jornal levantou a propósito da coligação PSD/PPM, a qual, conforme apontámos, seria apenas uma forma de o PSD concelhio não enfrentar as eleições carregando às costas o ónus de apresentar uma candidatura claramente identificável com o partido do Governo.
Nesse sentido apontámos a nossa dúvida sobre se Paulo Basto, do PPM, seria eleito para a Assembleia Municipal.
A esse propósito responder-nos-ia o vice-presidente da Comissão Política Nacional do PPM, Manuel Beninger, apontando que não seria correcta a conclusão tirada pelo jornal “A Voz de Ermesinde” de que ao não ser colocado na Assembleia Municipal o candidato Paulo Basto (sempre publicamente apontado como o rosto do partido na coligação PSD/PPM em Valongo), tal mostrava que o «uso da sigla do PPM era um mero pró-forma para o PSD não aparecer sozinho, tentando não arcar muito com as custas de um símbolo associado à governação, como seria a candidatura única do PSD».
Usando o «direito de resposta (...) para cabal esclarecimento da notícia», o PPM refutava a afirmação e apontava a a eleição de Daniel Torres Gonçalves (na imagem) em nono lugar como o melhor desmentido, isto além da colocação de Paulo Basto em 13º lugar na lista e de César Braia como suplente.
O que o PPM não explicava é porque antes nunca tinha sido apontado publicamente Daniel Torres Gonçalves como representante do PPM, mas apenas Paulo Basto e César Braia.
Dizíamos então : «(...) A explicação é simples. Daniel Torres Gonçalves é, de há muito, um destacado militante do PSD no concelho de Valongo, chegando há poucos anos, inclusive, a presidir à JSD concelhia (...)».
Ora agora é o próprio militante social-democrata que, em comunicado, nos vem dar razão: «Tendo tido conhecimento de que foi invocado o meu nome num assunto relativo às relações entre o PSD e o PPM em Valongo, assunto no qual não pretendo gastar mais tempo do que o essencial para elaborar o presente comunicado, cabe-me dizer o seguinte:
1. Sou militante do PSD há mais de 10 anos – período durante o qual desempenhei diversas funções dentro do partido (ao nível local e distrital, nomeadamente enquanto presidente da JSD da freguesia de Valongo, presidente da JSD do concelho de Valongo e presidente do PSD da freguesia de Valongo) e ao serviço do partido (enquanto deputado municipal e deputado metropolitano);
2. Integrei a lista candidata à Assembleia Municipal, nas eleições do passado dia 29 de setembro, a convite do PSD da freguesia de Valongo;
3. Fui absolutamente alheio à constituição da referida lista – nomeadamente, no que concerne às negociações entre o PSD e o PPM;
4. O termo de aceitação que assinei para integrar a lista da coligação “A Vitória de Todos” foi igual ao de todos os restantes membros da lista;
5. Não tenho qualquer ligação ao PPM, sendo que sempre me regi pelos ideais republicanos, dos quais sou fervoroso defensor.
O membro da Assembleia Municipal de Valongo,
Daniel Torres Gonçalves».
Isto é, o assunto, que para nós já era claro no que à coligação dizia respeito, fica agora ainda mais esclarecido.
Tal como aponta Daniel Gonçalves, não é preciso dizer mais nada.