Hoje teve lugar mais uma reunião de Câmara - para aprovação das Grandes Opções do Plano, Orçamento e Mapa de Pessoal para 2014.

Numa Câmara depauperada e esvaída até ao 'tutano' por 20 anos da desgraçada administração laranja, não há grande margem para fazer 'flores'...

Aliás, tal como as naturais, as do jardim, também estas implicam um processo natural e naturalmente independente das pressas individuais dos jardineiros.

Portanto, para além de todas as críticas produzidas, a única consequente com o perfil do mandato recebido foi a da CDU: afinal Adriano Ribeiro está à vontade para votar contra tudo, porque nunca governou a Câmara, não tem qualquer responsabilidade directa na governação actual e também não se prevê a venha ter no futuro - digo eu...

Votou contra portanto.

Já quanto ao PSD, pela voz de João Paulo Baltazar provou que está ainda a tentar reinventar-se.

Com umas pequenas achegas laterais do jovem das bolachas e do simpático João Semana - espero Dr. Nogueira dos Santos que não se ofenda com a comparação, que vendo bem as coisas, até acaba por ser lisonjeira -  ainda à procura de um registo diferente da  informalidade dos encontros de confrades ou dos convívios columbófilos, João Paulo Baltazar lá foi tentando aquele 'golpe de asa' que nunca lhe saía bem. 

Voar não está ao alcance de todos e depois, o 'espaço aéreo de Valongo está de tal forma complicado, que só mesmo  os  'drones' podem arriscar alguma incursão.

Enfiado na 'camisa de onze varas' que resulta do facto de continuar ainda activa a ameaça biológica do 'armário dos esqueletos' deixado para trás na evacuação apressada, viu-se obrigado e tentar uma qualquer 'declaração de voto' que lhe permitisse aparentar uma tímida demarcação perante um Orçamento que não sendo evidentemente o seu, também não pode fugir às limitações por ele deixadas como herança.

Acabou afinal a fundamentar a sua abstenção com a pomposa invocação de 'cultura democrática' e respeito pelo mandato sufragado em 29 de Setembro - enternecedora esta declaração! - terminando com duas 'exigências' que esperava que viessem a ser consideradas: a audição das IPSS acerca das refeições escolares (a câmara pretende lançar um concurso público para aquisição directa destes serviços, uma vez que está a pagar às IPSS um preço. para estas subcontratarem a empresas de catering por um valor inferior!) e o 'cumprimento da lei' (Lei 75/2013 - Regime Jurídico das Autarquias Locais) no que toca às transferências de meios para as juntas de freguesia (!).

Curiosamente, acho que se perdeu mais tempo no ponto de antes de ordem do dia, nomeadamente com a questão do concurso público para os serviços jurídicos da Câmara.

Registei um pequeno episódio que diz bem da dificuldade do PSD em gerir (também) este dossier: José Manuel Ribeiro utilizou a certa altura por engano - a propósito da poupança que representa e da garantia de melhor servir os interesses da autarquia - que esta nova forma de contratação de serviços jurídicos contrasta com os últimos 12 anos de 'ajustes directos' em que a Câmara despendeu 1,2 milhões de Euros...

"Não foram ajustes directos mas sim (até 2009) avenças!" - disse João Paulo Baltazar muito ofendido.

Pois... 

Registamos a 'diferença' semântica!

(De referir, que um dos ´tubarões' que tentou o dumping para agarrar de novo o 'armário dos esqueletos' é sócio do Dr. Bolota Belchior e propunha-se pagar mil euros/mês a cada advogado que integraria a equipe, reservando menos de nove mil euros/ano para pagar os serviços do ccordenador (!).

Não tivessem as regras do concurso antecipado este tipo de 'espertezas saloias' e estaríamos agora a dar feno ao 'cavalo de Troia').

Adriano Ribeiro saíu-se (mais uma vez) com uma hilariante tirada - a propósito de 'notícias plantadas':

"Espero que amanhã não venha nos jornais que as hortas de José Manuel Ribeiro já estão a dar grelos'.

O ponto da situação relativamente ao concurso, no recorte do JN que se segue: