A acusação saiu assim, como granada de obus, da boca da truculenta figura e não sei explicar bem porquê, mas pus-me a olhar atentamente para o vídeo, à procura de sinais de insanidade na expressão do homem…
Tenho que admitir que não os encontrei – pelo menos com aquela evidência que aconselhe internamento compulsivo imediato…
No entanto, a dúvida permaneceu em mim, até porque não sendo o meu aparelho de TV de alta definição, podem sempre ter-me passado despercebidos.
É que se nos abstrairmos do pormenor fato e gravata, não há figura que se associe de forma tão instantânea a um terrorista, como a dele: Quando dispara – e fá-lo com frequência – atira em todas as direcções, não se preocupando com os chamados danos colaterais:
Coloca-se incondicionalmente por exemplo, ao lado da filicida mãe da Joana, quando esta encena uma história de tortura com contornos mais que duvidosos, possivelmente para sacar alguns milhares de euros de indemnização aos honestos profissionais da PJ que a interrogaram, ao que se sabe, com a ajuda de determinados elementos do corpo de guardas prisionais que lhe asseguraram a montagem digital das fotografias da “agressão”.
Coloca-se ainda (aqui de forma selectiva) ao lado dos tubarões da classe que representa, como no caso do Escritório de advogados que tratou do caso Freeport, mas também de outros…
Em relação aos advogados, abriu uma “pequenina” excepção, para considerar espúrios os interesses daqueles que sendo da mesma “espécie” a que pertence, escolhem a carreira Parlamentar para aí – no campo legislativo – melhor defenderem os interesses específicos de inconfessáveis clientes.
Portanto, o homem é o verdadeiro protótipo do terrorista nato! E no entanto, ele acusa!Esquece-se, é que se a sua classe ficasse de fora relativamente à possibilidade de ser alvo de buscas, os vários escritórios ficariam de repente exíguos com a necessidade de acomodar todos os “esqueletos” que os criminosos aí iriam esconder…