"VÍCIOS PRIVADOS, PÚBLICAS VIRTUDES..."
Depois de ler a notícia, ficou-me uma dúvida: A Nandita vai processar um colega por este ter mentido sobre a sua relação com o engenheiro ("a namorada de...") ou por, não tendo mentido, se ter referido a ela considerando em termos públicos, como um dado adquirido o tal "estado civil" - "violando o dever de reserva" da intimidade e da privacidade?
Em qualquer dos casos, eu solidarizo-me(!) com ela. Porquê? Porque não é justo que a achincalhem assim publicamente - a simples hipótese do tal namoro já seria ofensiva, agora considerar esse "estado civil" como um facto (tanto quanto consegui pesquisar, o jornalista não colocou "aspas" na ignominiosa palavra) já é demais!
Ninguém - nem sequer um jornalista - pode deixar nunca de ter presente a obrigatoriedade de respeitar a sequência das palavras seguintes: "Vícios privados, públicas virtudes". E ser apresentada como "a namorada de..." (Sócrates) não é seguramente uma virtude que alguma mulher se orgulhe de ostentar. (Digo eu...)