A VERDADE, SOMENTE A VERDADE...
Créditos ao Jornal A Voz de Ermesinde
(Desculpas antecipadas pela má qualidade dos recortes)
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Vamos por partes...
O que se passou nesta reunião da Câmara de Valongo prova que quando é preciso - e apesar do último processo eleitoral ter provocado um verdadeiro tsunami deixando a oposição apenas a cargo do PSD e confinada a um terço da mesa - quando é necessário estão todos de acordo.
Desculpa Luís Ramalho, mas sobre este assunto da Rua das Devesas em Alfena deverias ter procurado mais informações - se é que não acompanhaste o nebuloso processo que envolve a tal empresa que motivou a tua preocupação e solidariedade em relação ao risco de incêndios, processo esse que tem início nos tempos do 'saudoso' Fernando Melo & C.ª.
Estás no entanto bem a tempo de fazeres um breve 'upgrade' em relação ao tema e se quiseres eu posso ajudar.
(Mas o 'dono disto tudo' também está em condições de o fazer e fá-lo-à seguramente, uma vez que quando o assunto envolve amigos comuns vocês até são capazes de se entender).
Para te facilitar as coisas, caro Luís, sempre te direi que ao contrário da 'história do ovo e da galinha' e da dúvida sobre qual terá nascido primeiro, no caso do terreno rústico referido na notícia este já ali estava quando a tal empresa 'emergiu do pântano' e chegou aos tribunais que obrigaram a Câmara a demolir as instalações ilegais.
A Câmara resolveu então pedir propostas ao mercado para proceder à demolição e a empresa avançou com uma providência cautelar que no entanto nunca teve o respaldo da obrigatória acção principal.
Portanto, nem apareceram interessados na demolição nem Fernando Melo fez o que devia e lhe era exigido: repor a legalidade.
E o tempo foi correndo como a água sobre as pontes e todos continuaram como se nada se tivesse passado nem ali tivesse ocorrido um verdadeiro atentado urbanístico.
(O 'dono disto tudo' - porque 'dono' de uma maioria de 2/3 que dá consistência ao título - conhece tão bem como eu este lamentável processo - falamos muito sobre ele na altura da campanha de 2013 e novamente, a propósito da aprovação do actual PDM que o acolheu e 'aconchegou com carinho').
Apesar desse conhecimento aprofundado, falou na reunião como se não tivesse existido vida antes do novo PDM, como se não tivesse existido um profundo desrespeito por parte da Câmara de Fernando Melo em relação às decisões da Justiça, como se o espoliado nunca se tivesse dirigido à Câmara a pedir a justiça que ainda hoje espera e a única atitude consentânea com a mesma em relação aos prevaricadores, como se todas as empresas fossem merecedoras de respeito - ou pelo menos, do mesmo nível de respeito que aqueles que nunca conseguiram ser ouvidos por si ou por alguém por si delegado!
Quanto à intervenção de limpeza por parte da Câmara, é melhor mesmo não dizermos asneiras...
A Câmara pode - de facto e legalmente - actuar na limpeza de faixas combustíveis, mas não tem mandato para entrar num terreno e começar a abater árvores (não cortou ramos, cortou-as pelo pé) de forma indiscriminada e não tendo sequer a preocupação de assegurar a dimensão dos troncos visando o seu aproveitamento para a produção de madeira!
Foi relativamente a esta atitude de selvajaria pura por parte dos serviços da Câmara que o proprietário se manifestou. Falei sobre isto - a pedido dele - com o comandante operacional da Protecção Civil Municipal que 'sacudiu a água do capote', dando ordens aos trabalhadores e às máquinas para regressarem à base e remetendo-me para os serviços de fiscalização.
Nem todos os proprietários se estão a marimbar para a limpeza dos terrenos. Concretamente o visado não está. Quem se esteve a marimbar para os seus direitos, para a Lei e para o interesse público foi a Câmara - incluindo 'a Câmara depois de 2013'!
Esta é a verdade, o resto é mistificação!
Mas já agora, caro Luís Ramalho, que tal questionares a Câmara para ver se o consenso é igual ao que agora ocorreu no que toca aos caminhos rústicos abandonados e sem manutenção (alguns de tão abandonados até já caíram no esquecimento) e que impede que os proprietários possam aceder às respectivas parcelas para as manterem cuidadas?
(Em contrapartida, a Câmara inventa caminhos inexistentes para permitir à EDP e à BeWater a instalação de uma linha eléctrica subterrânea em propriedade alheia, destruindo vedações e marcações justificando com a exiguidade do caminho - Zona da Senhora do Amparo).
Qual caminho senhores?