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A TERRA COMO LIMITE...

UM ESPAÇO ONDE ESCREVEREI SOBRE TUDO, SOBRETUDO, SOBRE TUDO QUE SEJA CAPAZ DE CAPTAR A MINHA ATENÇÃO. UM ESPAÇO ONDE O LIMITE NÃO LIMITA - APENAS DELIMITA.

A TERRA COMO LIMITE...

UM ESPAÇO ONDE ESCREVEREI SOBRE TUDO, SOBRETUDO, SOBRE TUDO QUE SEJA CAPAZ DE CAPTAR A MINHA ATENÇÃO. UM ESPAÇO ONDE O LIMITE NÃO LIMITA - APENAS DELIMITA.

ALFENA - URBANISMO 'CRIATIVO' COMO HERANÇA...

O assunto que se segue, foi hoje abordado na reunião de Câmara - no ponto 'antes da ordem do dia'.

 

Tem a ver com uma obra particular que está a avançar a 'todo o gás' - aparentemente um bom sinal a contrariar a desgraçada crise - na Rua do Viveiro em Alfena mas que vista à lupa, parece contrariar também as mais elementares normas de boas práticas em matéria de urbanismo.

 

Parece...

 

Ao contrário do que seria expectável pelo facto de vermos um privado a investir e a dar algum emprego temporário numa construção civil moribunda em quase todo o Concelho, a contestação instalou-se e até já chegou à CCDR-N.

 

Desde logo, a própria Junta de Freguesia que põe em causa o licenciamento da mesma por parte da Câmara - e desculpem-me aqueles que defendem a ideia de que temos de aceitar investimentos a qualquer custo, mas neste caso acho que a Junta tem razão.(*)

 

O executivo actual até estaria à vontade para utilizar o argumento da 'salomónica espada' - afinal o licenciamento até foi feito no mandato anterior - não tivesse suspensa sobre a cabeça uma outra espada - a de 'Dâmocles' - consubstanciada no risco de vir a perder umas largas dezenas de processos judiciais envolvendo um valor de cerca de 15 milhões de Euros.

Este caso pode vir a traduzir-se em mais um a somar ao monte...

 

Mas há casos em que vale a pena correr riscos e apesar da garantia dos técnicos de estão a ser respeitados todos os Regulamentos urbanísticos - os técnicos  são os mesmos que acompanharam o licenciamento no mandato anterior e em rigor, seria difícil vê-los agora a mudar de opinião - olhando para as fotografias que se seguem, não consigo vislumbrar onde é que a Lei e os Regulamentos municipais entram neste caso aparentemente anómalo...

 

De facto, não se trata do restauro de nenhum prédio rústico, onde teria de se aceitar que se mantivessem os alinhamentos iniciais  ainda que igualmente incómodos ou constrangedores, existem por outro lado decisões recentes em obras na mesma Rua onde foram exigidas aos respectivos promotores cedências e a construção de passeios e pese embora o visível incómodo que o assunto possa causar a alguns amigos, apoiantes ou correligionários dos candidatos derrotados nas últimas eleições - isso foi visível no constrangimento com que João Paulo Baltazar falou hoje no assunto, enfatizando a confiança nos técnicos relativamente à regularidade do licenciamento, o actual executivo tem mesmo de ir ao fundo da questão, doa a quem doer - se tiver de doer !

 

Obrigar os peões a imobilizarem-se encostados ao muro para deixar passar os  é coisa difícil de aceitar nos tempos que correm, mas se esse incómodo for provocado por uma obra nova, ainda menos - ainda que em boa verdade, estejamos perante uma Rua (e uma travessa) onde a circulação é escassa!


 

(*)Por imperativos de consciência, vejo-me obrigado a partilhar com quem me vai seguindo uma 'duvida existencial':

 

Tratando-se de uma obra de dimensão apesar de tudo reduzida, resulta um pouco estranho o 'belicismo' do presidente da Junta, que saiu a terreiro com a totalidade do seu exército e fazendo uso de 'armamento pesado' que aparentemente não se ajusta muito bem ao 'risco em presença.

 

Por outro lado, supus eu, mas já confirmei que estava errada a minha suposição, que tivesse existido um prévio contacto de proximidade - entre a Junta e o promotor - e só perante um posição inconciliável, é que se teria subido ao patamar camarário e da própria CCDR-N!

 

Por último, intriga-me que esta obra seja capaz de justificar a convocação dos vários eleitos da Assembleia de Freguesia para uma reunião, sabendo-se da existência de situações bem mais graves que não motivaram tamanho activismo - desde logo, a falta de passeios na N-105 (Rua 1.º de Maio) onde se justificaria a mobilização de todos os eleitos e até mesmo a população para uma pressão sobre as Estradas de Portugal e numa outra vertente, a mobilização dos alfenenses para protestarem contra a REN e o aumento de potência nas linhas de AT - Lombelho e não só...

 

Vou tentar perceber melhor algumas 'motivações' em torno deste caso e mal as perceba melhor, logo voltarei a este assunto se tal se justificar.

 

Não ficava bem comigo próprio, se não colocasse aqui este desabafo

 


publicado às 15:27

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