AS COISAS QUE A CÂMARA DE VALONGO FARIA COM 16 MILHÕES DE EUROS...
Quase todos os dias, de forma sub-reptícia ou explícita, José Manuel Ribeiro faz questão de nos recordar que a Câmara de Valongo não tem dinheiro para 'fazer cantar um cego'. E nós até sabemos que ele não está a mentir quando o afirma, embora por vezes constatemos algumas contradições entre este estado de penúria e algum novo-riquismo da vida real da nossa autarquia.
Será assunto para futuras abordagens...
Percebe-se por isso que que não podendo ajudar grande coisa para aliviar através de iniciativas próprias o sufoco da maioria dos valonguenses - a pesada herança e um PAEL qual espada de Dâmocles sobre a cabeça não lhe permitem de facto muitas veleidades - ele nos tente puxar o moral para cima papagueando promessas alheias.
Sempre que alguém, particular ou empresa aparece para lhe oferecer um 'chouriço em troca do porco do costume' ele não hesita - porcos não faltam em Valongo e pelos vistos a Câmara e José Manuel Ribeiro consideram-se legítimos proprietários dos mesmos.
Os chouriços, como produtos processados e normalmente portadores de segredos culinários bem guardados, são um tipo de bem de consumo bastante exclusivo e muito procurado e portanto, perfeitamente 'equiparável' à vulgar moeda - de troca neste caso.
A Jerónimo Martins comercializa-os aos milhares de toneladas um pouco por todo o mundo consumista.
'Porcos' e 'chouriços' são obviamente figuras de estilo.
Um porco bem anafado é por exemplo aquela UOPG 06 de Alfena (Unidade Operativa de Planeamento e Gestão) onde se insere a Chronopost e que se prolonga por uns vastos hectares da nossa Fonte da Prata - tantos quantos ocupa aquele que é o nosso principal 'ex-líbris': o AIA ('Aeroporto Internacional de Alfena').
No início era magrito o animal - os donos anteriores não dominavam a arte da engorda rápida - mas depressa evoluiu para o seu estado actual, graças a uns certos 'aditivos' fornecidos pelo conhecido vereador de Fernando Melo, José Luís Pinto, que como se recordarão os mais atentos, se especializou neste tipo de 'agropecuária/trafico urbanístico'.
Do dia para... o próprio dia, o dito porco passou, em peso de carne limpa, do modesto valor de 4 milhões porque foi comprado, para os 20 porque foi vendido. Dizem alguns, contrariando a opinião geral dos alfenenses relativamente à ainda elevada poluição do nosso Leça e restantes linhas de água, que engorda tão rápida só foi possível graças à colocação na gamela da lavadura, de uns quantos litros do atulhado Ribeiro de Junceda.
Realidade! Mito urbano? Um dia destes saberemos...
Mas o que gostaríamos mesmo de perceber - aqui e agora - é a razão que leva o nosso presidente da Câmara a abdicar do direito de propriedade sobre o 'porco final' - já com engorda e tudo - uma vez que quer os 'aditivos' usados por José Luís Pinto, quer a água (aparentemente) poluída do Junceda são do Povo de Alfena e de Valongo.
A margem de lucro de 16 milhões gerada pela transacção ajudaria seguramente a colocar 'pão na mesa' de muitos concidadãos, ajudaria a tornar menos difíceis algumas ruas de Alfena e restantes irmãs, construindo os passeios que faltam ou religando a iluminação que foi desligada, ajudaria a aliviar os enormes sacrifícios de alguns dos nosso jovens no que toca aos transportes de e para as escolas, ajudaria a reforçar as sempre escassas contribuições para as várias instituições de solidariedade.
O que é que motiva pois José Manuel Ribeiro a colocar-se nesta posição aparentemente tão 'antisocial'?