AVESTRUZES DE VALONGO...
Hoje (ontem) foi dia de Assembleia Municipal e para 'quebrar a rotina', houve uma data de colegas - na verdade quase todos - que resolverem fingir que eram avestruzes...
Um comportamento estranho - digo eu - porque normalmente a avestruz dá-se mal sempre que resolve meter a cabeça na areia.
De forma sucinta, o que se passou foi que antes de entrar na ordem de trabalhos eu usei a figura Regimental "para uma interpelação à Mesa". Se o Presidente da Assembleia quisesse seguir o 'guião' correcto nestas circunstâncias, deveria ter feito a pergunta também habitual "e é para que efeito?"...
Em vez disso porém, não só não permitiu(!) a interpelação como pediu que eu a entregasse por escrito na Mesa(!).
A 'cereja no topo do bolo' foi colocada a seguir, no inevitável recurso para a Assembleia sobre a decisão da Mesa: apesar de eu já ter deixado escapar que se tratava de um assunto grave, o conjunto dos deputados - com excepção do deputado alfenense do PPM Paulo Basto) que se absteve - alinhou pela posição anti-Regimental do Presidente.
Ficou-me uma dúvida a provocar uma leve 'coceira': não tiveram em nenhum momento a 'humana curiosidade' de querer saber de que tratava a interpelação?
Eu sei que 'a curiosidade matou o gato' mas a verdade - como já vimos - é que vocês são gatos...
Se como eu já disse atrás, o Dr. Abílio Vilas Boas tivesse seguido o 'guião' - "para que efeito?" - a minha resposta teria sido simplesmente esta: "para invocar o Regimento e pedir a intervenção urgente do Sr. Presidente no âmbito das suas competências"
(Nos termos do art.º 31.º - d) e para os efeitos previstos no art.º 6.º - 3-a)
E claro, em meia dúzia de linhas divididas em dois pontos, detalharia os dois assuntos relativamente aos quais se impunha - impõe! - a intervenção do Presidente da Assembleia Municipal...
Por enquanto, fico-me por aqui, não sem antes reforçar que sobretudo um deles é grave e envolve actos do executivo (presidente da Câmara) que aparentemente violam a Lei de forma grosseira e lamentável...