BEM PREGA FREI TOMÁS...
Bem pregava o nosso 'homem do avental' arvorado em presidente do subúrbio - antes de subir ao 'trono', evidentemente...
Do lado do 'contra' eram queixas no Ministério Público, denúncias nos jornais, pedidos de 'tempo de antena' no Blog do costume.
Palavroso, esforçado, convincente, andou durante muito tempo a vender-nos a promessa de que "se eu ganhar, faço e aconteço, agarro numa vassoura e mais isto e mais aquilo", mas afinal...
Lá diferente ele é, mas não para melhor, como não se tem cansado de nos demonstrar!
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Esta foi uma lista de perguntas que dirigi ontem à Mesa da Assembleia Municipal na pessoa do seu Presidente Dr. Abílio Vilas Boas, ele que peca por ser demasiado subserviente em relação ao Órgão Executivo e ao seu Presidente Zé Manel:
AMV_30092015_Lista de perguntas
Senhor Presidente,
- Foram remetidos neste passado dia 28 de Setembro aos membros da AMV ‘esclarecimentos’ complementares sobre a situação de incompatibilidade do adjunto do Presidente da Câmara. Apesar dos mesmos, não considera que se justificaria um apuramento mais aprofundado da dita situação à luz dos seguintes factos:
- – Em 28 de Julho o Dr. Frederico Bessa Cardoso declarou que o membro do GAP tinha renunciado ao cargo de gerente na empresa CAMEF. Já vimos que existe uma carta de renúncia do membro do GAP à gerência da sua empresa. Alguém garantiu ao senhor Presidente a fiabilidade temporal do envio dessa carta (registo dos CTT, entrega através de registo interno de protocolo, envio por e-mail, por exemplo) ou estamos simplesmente perante uma questão de fé?
- – Essa renúncia só foi registada na Conservatória de Famalicão no passado dia 10 de Setembro. Nos referidos ‘esclarecimentos’ complementares o Dr. Frederico declara que o registo do acto de renúncia não é indispensável para que o dito assuma carácter legal. Não o sendo, porquê então esta súbita vontade de ‘demonstrar’ a renúncia apenas a partir do momento em que o assunto foi suscitado em reunião pública de Câmara?
- – O que pensa fazer para averiguar se existem actos profissionais do senhor adjunto no período em que alegadamente já não era gerente da CAMEF, nomeadamente, celebração de contratos, autos de medição e/ou entrega de obras concluídas, entre outros?
- – Não considera importante esclarecer o mais que evidente conflito de interesses evidenciado em dois contratos de ajuste directo com a Junta de Freguesia de Valongo, o primeiro em 2013 com a intervenção do Eng.º Paulo Ferreira, ainda antes de assumir o cargo de adjunto e o outro em 2014 com a intervenção apenas do seu único sócio, através da Batiwork, uma empresa unipessoal quase desconhecida detida por aquele ?
- – Fica claro que esta ‘mulher de César não aparenta ser séria’. Não quer o senhor Presidente desenvolver alguns esforços para verificar se mesmo assim o será - apesar das aparências?
- Conhece a lista de funcionários da Câmara autorizados a acumular outra actividade profissional nos termos da Lei?
2.1 - Entre muitas outras situações estranhas, conhece a situação concreta de um fiscal (o mesmo que foi punido no mandato anterior por corrupção em sede de processo disciplinar) que estando autorizado a acumular com a actividade profissional de ‘compra e venda de imóveis’, na realidade há anos que gere um gabinete de projectos de arquitectura?
2.2 – O que se lhe oferece dizer relativamente ao facto de este Fiscal, para além da situação estranha referida atrás, não ter sido – como era intenção inicial do Presidente da Câmara - colocado numa outra área que não a da fiscalização?
- Tem conhecimento de uma queixa-crime apresentada pelo Presidente da Câmara contra um membro desta AMV (eu próprio) por difamação do Presidente e também da Câmara como entidade pública?
- – Foi informado formalmente dessa queixa?
- - Se foi, porque não deu conhecimento a este Órgão logo a seguir e se não foi, o que pensa fazer para que o executivo passe a respeitar mais os seus poderes como Presidente desta AMV?
- - Faz tenções de acompanhar o desenrolar do referido processo?
- - Qual o comentário que se lhe oferece fazer relativamente à aparente ligação desta queixa com a denúncia pública que fiz em meados de Abril relativamente à autoria do flyer clandestino da nossa campanha (“Polvo à Vallis Longus”)? A referida queixa – um extenso ‘relambório’ que demorou duas horas a ser-me lido pelo Ministério Público – foi entregue a 20 de Maio, logo, tem tudo para parecer um acto de retaliação por parte do Presidente da Câmara.
Celestino Neves
(Membro independente)