CÂMARA DE VALONGO - E QUANDO SE PARTILHAM OS SEGREDOS (APENAS) COM OS ADVERSÁRIOS...
Para os mais ingénuos, para todos aqueles que de boa fé ainda acreditam que a Câmara de Valongo está, tal como eles, de boa fé - sim, esta Câmara, eleita em Setembro de 2013 com a promessa à cabeça de que iria MUDAR VALONGO - aqui fica o chamado 'balde de água fria', em forma de perguntas relativamente à postura do executivo e do seu presidente no que toca à opacidade com que está a gerir o encerramento do processo de revisão do PDM.
Pelo menos em relação a Alfena, não tenho nenhuma dúvida sobre isso!
- Porque será que a designada UOPG 06(Unidade Operacional de Planeamento e gestão) - lá em cima na Fonte da Prata - abrange uma área aproximada de 55 ha - ver recorte acima, da página 59 do Regulamento do PDM - enquanto que a (prevista) plataforma logística da Jerónimo Martins apenas envolve 20 ha de implantação (ou cerca de 42 ha intervencionados) - ver 2º. recorte do contrato de urbanização?
- Porque será que no contrato de urbanização assinado há dias na Câmara, as infra-estruturas (águas, saneamento, electricidade, etc.,) não se destinam apenas ao 'destaque' destinado à dita plataforma?
- E se são 55 ha, porque é que se continua a falar no 'direito de reversão' do terreno, no caso de a construção não avançar? 'Reversão de 20 ha quando o PDM é alterado para 55? Isto só pode ser mesmo uma anedota!
- E porque será que o contrato de urbanização atrás referido, foi tratado pela Câmara socialista como um 'segredo de estado' - excepto estranhamente, no que se refere à 'consensualização' prévia com a oposição?
De facto, levar a reunião de uma coisa destas, já na fase final do período de discussão pública do PDM, condicionando mentalmente os cidadãos que andam e com razão tão sensíveis às questões do emprego, sem a discutir sequer no seio do grupo municipal do PS, sem a partilhar também com a Assembleia Municipal, é evidentemente uma enorme e lamentável falta de respeito e de seriedade, por parte de quem, mais do que ninguém, dada a proximidade das promessas que fez, tinha obrigação de fazer diferente!
Dizem-me alguns - admirados com os últimos sinais de 'desalinhamento' - que eu ando 'de candeias às avessas' com José Manuel Ribeiro...
Não ando nada! Desde sempre esta foi a minha postura e a única coisa porque me penitencio, é pelo facto de ter acreditado que em Valongo a palavra MUDAR tinha o mesmo significado para mim e para ele...
Uma pergunta final - eventualmente de retórica:
- Será que nove meses passados sobre a sua tomada de posse como presidente da Câmara, José Manuel Ribeiro ainda pode abortar o seu 'percurso suicida rumo ao abismo'?
Deixo a resposta à capacidade de acreditar de cada um...