EX-SEC, SOCIEDADE DE EMPREITADAS E CONSTRUÇÕES - UMA HISTÓRIA DE 'JOAQUINS'...
A fábula dos 'Joaquins'
Era uma vez...
Um ‘Joaquim’ que tinha um sósia, tão sósia tão sósia que quem via os 'dois' inevitavelmente dizia que 'a cara de um era o focinho do outro'.
Estes 'Joaquins', como quase todos os Joaquins deste mundo - e os Antónios e os Josés e todos os adultos em idade activa também - tinham cada um deles e os dois em conjunto, duas actividades - ou meia actividade cada um, ou actividade nenhuma - a dividir pelos dois, de onde lhes vinha o sustento próprio e por acaso, também o de uma data de satélites, apêndices e quejandos, daqueles que costumam gravitar na órbita deste tipo de 'Joaquins'.
Ademais, tinham uma espécie de doação mútua do produto de um contrato de 'arrendamento' de uma das casas comuns por parte do 'Joaquim B' ao 'Joaquim A'.
Um dia as contingências desta vida cheia de muitas contingências fizeram com que a roda da vida do 'Joaquim A' desatasse a andar para trás levando-o a perder a maior parte dos seus bens - com excepção evidentemente de uns míseros milhões de euros em aplicações imobiliárias, uns Mercedes, uns BMW e pouco mais...
Ficou portanto à míngua e não sei até se não estará mesmo a ser sustentado pelos impostos de todos nós, através de um qualquer subsídio de desemprego ou rendimento social de inserção.
Garantiram-me que o terão visto na anónima fila dos que se vão inscrever para receber os ditos mas confesso que não acredito e como 'Joaquins' há muitos, é provável que fosse outro o Joaquim da fila.
Pois bem...
Nesta coisa de habilidades, não há quem bata aos pontos o 'Joaquim B' e foi meu dito meu feito até interpor uma acção contra os 'herdeiros' das sobras do 'Joaquim A' - das sobras que não conseguiram fugir a tempo à captura feita pela Justiça.
O produto eventualmente resultante do merecimento dessa acção será - seria, se a manhosice resultasse - obviamente dividido pelos dois, ou somado ao património escondido e aos Mercedes aos BMW e tudo o resto que a ambos restou...
Deveria concluir este relato pouco edificante com a habitual ‘moral da história’ mas salto por cima dessa parte porque neste caso não há moral nenhuma.
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Completamente a despropósito - ou não - dou conta aqui de um facto que chegou já há algum tempo ao meu conhecimento e que envolve a ex-SEC de Almerindo Carneiro, uma Sociedade socialmente irresponsável e incumpridora cuja falência se consumou há já vários meses.
Por acaso - ou talvez não - parece que tal como na fábula anterior, também aqui existem sósias, sendo que estes sósias acrescentam ao caso um pormenor para lá de estranho: são sósias até na própria assinatura do contrato de aluguer um ao outro(!) das instalações da Rua de Monforte, isto é, a assinatura de um tem o 'ADN' do outro - ver recortes seguintes.
(Chamo a atenção para o detalhe verdadeiramente delicioso "...ficando cada uma das PARTES com 1 (um) exemplar em seu poder".
Ou seja... o único exemplar a 'dividir' pelos dois 'Joaquins' que sendo uma e a mesma pessoa não dividem nada nem coisa nenhuma... Ufa! até eu já estou a ficar baralhado!
Vou pagar para ver o que a Justiça vai achar desta esperteza saloia e sobretudo, espero que indague se, quando e onde as chaves das referidas instalações foram entregues à Administradora de insolvência.
Mais:
Que indague de que forma é que a mesma Administradora nas poucas vezes em que teve acesso às mesmas o conseguiu fazer, ou seja, quem lhe abriu as portas.
Mais ainda:
Que verifique se é ou não verdade que uma das testemunhas arroladas pela queixosa reside nas referidas instalações e não na morada referida na acção.
Terá arrombado a porta e ocupado as instalações de forma abusiva? Acho que não...
Entretanto, a ex-SEC que antes da falência transferiu manhosamente a sua sede para Lisboa, vem agora interpor esta acção de esbulho tentando abocanhar mais uma fatia do magro bolo que restou (massa falida) depois dos desvios manhosos e eventualmente criminosos da maior parte do património. E E os trabalhadores roubados, muitos dos quais já nem o subsídio de desemprego recebem por terem terminado o período legal a que tinham direito, terão ainda de suportar a despesa da deslocação à Capital para poderem defender os seus direitos!
Como diria o outro, há tanta gente boa nas prisões que bem pode dar a vaga a outros que por aí 'pedalam' em 'bicicletas' Mercedes e BMW's...