FALANDO COM UMA CADEIRA VAZIA...
Em 28 de Abril de 2012 escrevi no blogue do costume isto:
Dada a provecta idade do presidente/ausente - que novidade! - da autarquia falida, o resultado da tal soma (ainda) deveria ser igual ao de antigamente. Porém, devido à sua permanente ausência em serviço o que o força a deixar a Câmara entregue a gente mais jovem, o resultado é o tal 'erro' que Rogério Palhau fez questão de registar.
Depois foi José Manuel Ribeiro, da bancada do Partido Socialista e bem ao seu estilo, a resolver ontem falar 'mesmo para a cadeira vazia' do presidente e não para o seu substituto natural e habitual, presente na mesa, João Paulo Baltazar. Foi um bom momento de humor, apesar de alguns - que novidade! - não terem gostado.
Não reparei se a cadeira vazia tinha algum dispositivo de videoconferência ligado, mas se tinha, o titular já deveria estar a repousar, porque não se pressentiu nenhuma resposta.
Claro que as críticas feitas por José Manuel Ribeiro, não ficaram sem a resposta do vice presidente e habitual presidente em exercício, que não se fez rogado e começou a 'traduzir' para todos - público incluído - as 'respostas' da vazia cadeira.
Também não consegui confirmar se tinha colocado na 'vice presidencial orelha' algum auricular com ligação bluetooth ao espaldar do presidencial e vazio assento(...)____________________________________________________________________________________________
Se bem me lembro, Afonso Lobão (então vereador sem pelouro na Câmara e ao mesmo tempo líder da concelhia do PS) numa entrevista a um Jornal local, terá sugerido o internamento compulsivo em psiquiatria, da 'jovem promessa' da bancada socialista.
Ninguém lhe deu ouvidos - psiquiatria é uma área muito sensível em que os especialistas solicitados a validar medidas extremas como a sugerida hesitam sempre, com receio talvez de que os acusem de serem mais loucos do que os que se propõem internar...
Portanto...
A jovem 'promessa' - agora lamentável e renovada certeza - do PS Valongo, continuou entre nós, eventualmente com medicação adequada e em regime ambulatório, mas com 'o ar do costume' de habitante de outro planeta que não este em que vivemos .
Afonso Lobão, esse desapareceu do nosso quotidiano municipal e até acho que fez bem.
Por um lado, porque o (ainda) presidente da Câmara 'vai a todas' incluindo às sessões da Assembleia Municipal - como é que ele poderia privar-nos do inefável prazer que nos dão as suas longas conversas redondas? - e as hipóteses de algum dia encontrar uma cadeira vazia para conversar são praticamente inexistentes.
Depois, porque os eucaliptos plantados no 'condomínio da Avenida 5 de Outubro' secaram tudo à volta num raio de vários hectares e até o pequeno oásis das reuniões públicas de Câmara já secou ficando reduzido às mirradas dimensões dos tempos do senhor idoso.
Quem para ali for, por obrigação ou mero e teimoso exercício de cidadania, o melhor é levar cantil e alguma fruta, não vá tombar de inanição...